Secretário de Estado dos EUA se reúne com Emmanuel Macron em Paris
Encontro discutiu a "ameaça que a agressão do Kremlin representa para a democracia e a paz na Europa"
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reuniu por mais de uma hora com o presidente francês Emmanuel Macron em Paris nesta terça-feira (8), segundo o Departamento de Estado.
O encontro, que durou das 18h05 às 19h18 do horário local, ocorre um dia depois de o presidente Joe Biden ter uma conversa conjunta com Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Mais cedo, Macron também conversou com Scholz e o presidente chinês, Xi Jinping.
Blinken fez uma postagem no Twitter explicando que estava em Paris, o que não estava em seu itinerário original, “para continuar trabalhando em solidariedade aos nossos aliados franceses para combater as ameaças que a agressão do Kremlin representa para a democracia e a paz na Europa”.
“A liderança da França tem sido crucial para a resposta unificada e sem precedentes da Europa à guerra de escolha de Putin”, escreveu.
Here in Paris to continue to work in solidarity with our French Allies to counter the threats that Kremlin aggression pose to democracy and peace in Europe. France’s leadership has been crucial to Europe’s unified, unprecedented response to Putin’s war of choice. pic.twitter.com/N2Q26j2KLG
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) March 8, 2022
Biden proíbe importações de petróleo e gás natural da Rússia
Também nesta terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o banimento do petróleo, gás natural e carvão russos nos Estados Unidos. A medida será votada ainda hoje no Congresso americano.
“Hoje, estou anunciando que os Estados Unidos estão mirando na principal artéria da economia da Rússia. Estamos proibindo todas as importações de petróleo, gás e energia russos”, informou o presidente durante o pronunciamento na Casa Branca.
Biden afirmou que a decisão foi tomada após consultar aliados, como países da União Europeia (UE) – que não aderiram ao banimento -, e entende que este movimento pode aumentar o preço dos combustíveis no mundo, inclusive nos EUA.
Enquanto isso, a UE planeja reduzir as importações de gás russo em dois terços neste ano, visando eliminar a dependência antes de 2030. Quanto ao petróleo, a medida ainda não é dada como certa no bloco europeu, visto que diversos países dependem mais do produto russo quando comparado aos Estados Unidos.
As importações da Rússia representam uma pequena fatia do universo energético dos EUA – cerca de 8% em 2021, dos quais apenas cerca de 3% era petróleo bruto.