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    Rússia anuncia nova tentativa de cessar-fogo em cidades ucranianas na quarta-feira

    Enquanto o governo da Ucrânia acusa as tropas russas de não respeitarem interrupção dos ataques, russos alegam que radicais ucranianos usam civis como escudo humano

    Vinícius Tadeuda CNN*

    A Rússia anunciou, nesta terça-feira (8), uma nova tentativa de cessar-fogo nas cidades ucranianas de Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol. A interrupção dos ataques aconteceria às 09h no horário local (04h no horário de Brasília) da próxima quarta-feira (9) e teria o objetivo de possibilitar a saída de refugiados do país e a chegada de ajuda humanitária.

    O lado russo propõe que Kiev notifique os representantes das embaixadas de estados estrangeiros e organizações internacionais localizadas no território da Ucrânia sobre o cessar-fogo e a provisão de corredores humanitários até as 03h de Moscou de quarta-feira (21h de terça-feira pelo horário de Brasília).

    O Ministério de Defesa da Rússia disse que abriu os corredores humanitários em cinco cidades ucranianas, entre elas a capital Kiev, já nesta terça-feira. Segundo a pasta, as forças russas interromperam os ataques nestes locais a partir das 9h no horário local (4h no horário de Brasília).

    No entanto, autoridades do governo ucraniano acusam o exército russo de continuar os bombardeios nas regiões do cessar-fogo. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse que um ataque russo impediu a retirada de civis de Kiev, Mariupol, Sumy, Kharkiv, Volnovakha e Mykolayiv.

    Pelo Twitter, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, afirmou nesta terça que forças russas bombardearam uma rota de evacuação para civis presos em Mariupol. A Rússia não se manifestou sobre a acusação.

    Já o lado russo alega que neonazistas e radicais ucranianos estejam atirando nos civis que tentam deixar o país. Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que há “evidências em vídeo” de que quando os refugiados chegavam aos postos de controle, “eram executados pelos nazistas ucranianos”

    A chefe de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Michelle Bachelet, pediu nesta terça-feira que os civis presos possam sair em segurança. “Repito meu apelo urgente para um fim pacífico das hostilidades”, declarou.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”708527″ title_galeria=”Local de retirada de civis perto de Kiev é atingido por ataque”/]

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (*Com informações da Reuters e da CNN Internacional) 

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