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    Senado convida presidente da Petrobras para explicar distribuição de lucros

    Além de Joaquim Silva e Luna, membros do conselho da estatal também foram chamados; não há data prevista para a sessão

    Basília Rodriguesda CNN

    A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado decidiu nesta terça-feira convidar o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para explicar como foi feita a distribuição de R$ 101 bilhões de lucros da estatal de 2021 aos acionistas.

    Autor do requerimento para ouvi-lo, o senador Jean Paul Prates (PT/RN), afirma que o valor excede “muito” a obrigação legal da empresa de distribuir 25% do lucro apurado e levanta críticas da população que vem pagando caro pelos combustíveis. “Temos assistido aumentos sucessivos dos custos dos combustíveis no país, que contrastam com a fartura nos dividendos partilhados”, afirmou o senador.

    Ainda não há data para sessão com Silva e Luna. Também serão convidados o diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araujo Alves, e Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, que foi indicado recentemente para presidir o Conselho de Administração da Petrobras e a conselheira representante dos trabalhadores da Petrobras, Rosangela Buzanelli Torres.

    A pressão sobre a Petrobras vem também do governo para que a empresa reduza seus lucros. O presidente Jair Bolsonaro quer mudar a política de preços da Petrobras. “Num momento de crise como esse, eu acho que esse lucro aí, dependendo da decisão dos diretores, do conselho, do presidente, podendo nesse momento de crise aqui, ser rebaixado aqui um pouquinho para a gente não sofrer muito aqui. Senão vem uma inflação enorme aqui dentro”, disse o presidente em transmissão na internet na semana passada.

    A Petrobras registrou lucro de R$ 106 bilhões em 2021, um aumento de 1.400% em relação aos R$ 7,11 bilhões em 2020.

    Nesta quarta-feira (9), o Plenário do Senado deverá votar projetos para reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis, um deles altera as regras de cobrança do ICMS e estabelece a cobrança única do tributo no estado de origem. O outro prevê a criação de uma Conta de Estabilização de Preços (CEP Combustíveis), para controlar os preços nos momentos de alta.

    Procurada pela CNN, a Petrobras ainda não se manifestou sobre o convite.

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