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    Será ‘difícil’ libertar estrela de basquete dos EUA detida na Rússia, diz legislador

    "Nossas relações diplomáticas com a Rússia são inexistentes no momento", disse o deputado democrata John Garamendi

    Wayne SterlingHolly YanEmma Tuckerda CNN

    Não está claro exatamente quando a estrela de basquete dos EUA Brittney Griner foi presa na Rússia por acusações relacionadas ao porte de drogas. Mas a família e os amigos estão exigindo a libertação da bicampeã olímpica. Centenas de pessoas se juntaram ao esforço à medida que as tensões  entre EUA e Rússia aumentam em meio à invasão da Ucrânia.

    Griner, de 31 anos, é uma jogadora campeã do Phoenix Mercury da WNBA e passa suas “offseasons” (quando está fora da temporada norte-americana) jogando pelo time russo UMMC Ekaterinburg.

    O Serviço Alfandegário Federal da Rússia disse que um americano no aeroporto de Sheremetyevo estava carregando óleo de haxixe. A Agência de Notícias Interfax da Rússia citou uma declaração do Serviço de Alfândega, que não identificou o viajante pelo nome:

    “Enquanto um cidadão dos EUA passava pelo canal verde no aeroporto de Sheremetyevo ao chegar de Nova York, um cão de trabalho do departamento canino da alfândega de Sheremetyevo detectou a possível presença de substâncias narcóticas na bagagem que o acompanhava”, disse o comunicado.

    “A inspeção alfandegária da bagagem de mão transportada pelo cidadão norte-americano confirmou a presença de vapes com líquido com cheiro específico, e um especialista determinou que o líquido era óleo de cannabis (óleo de haxixe), que é uma substância narcótica”.

    A alfândega disse que a prisão aconteceu em fevereiro, mas a data exata não foi dada. O jornal New York Times foi o primeiro a relatar a prisão de Griner. Seu paradeiro desde sua prisão também permanece incerto.

    Um membro do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos EUA disse que “será muito difícil” tirar Griner da Rússia.
    “Nossas relações diplomáticas com a Rússia são inexistentes no momento”, disse o deputado democrata John Garamendi, da Califórnia, à CNN na segunda-feira (7).

    “Talvez durante as várias negociações que possam ocorrer, ela possa ser uma das soluções. Não sei.”

    Ele também observou que “a Rússia tem algumas regras e leis LGBT muito, muito rígidas” – embora não esteja claro se essas regras e leis podem afetar o caso de Griner.

    Centenas de petições pela libertação de Griner

    Mais de 1.000 pessoas assinaram o “Secure Brittney Griner’s Swift and Safe Return to the U.S.” petição no Change.org.
    A jornalista Tamryn Spruill, que cobre o basquete feminino, iniciou a petição online no sábado.

    “Griner é uma cidadã global amada que usou sua plataforma desde sua entrada na WNBA para ajudar os outros”, escreveu Spruill na página da petição.

    “Griner estava na Rússia a trabalho: jogando pelo UMMC Ekaterinburg, onde em 2021 ajudou a equipe a vencer seu quinto campeonato da EuroLeague Women”.

    Spruill explicou por que muitas jogadoras profissionais de basquete nos EUA trabalham no exterior. “Como muitos atletas que competem na WNBA, Griner joga no exterior durante a offseason da WNBA porque seu salário é exponencialmente maior em outros países”, escreveu Spruill.

    “Para os jogadores da WNBA, isso significa jogar no exterior, enquanto os novatos da NBA que ainda não jogaram um jogo profissional recebem salários muitas vezes mais altos do que as veteranas da WNBA, vencedoras do título All-Star.

    “Essas realidades não são culpa das jogadoras. Elas simplesmente querem ser pagas como seus colegas do sexo masculino, e não merecem ser enredadas em turbulências geopolíticas por isso.”

    Um futuro incerto

    A esposa de Griner, Cherelle Griner, descreveu no Instagram a agonia de esperar. “Estou sofrendo. Estamos sofrendo. Aguardamos o dia para amar você como uma família”, postou Cherelle Griner no Instagram na segunda-feira.

    No sábado, ela agradeceu aos apoiadores em um post e pediu privacidade.

    “Eu entendo que muitos de vocês passaram a amar BG ao longo dos anos e têm preocupações e querem detalhes”, escreveu Cherelle Griner. “Por favor, honre nossa privacidade enquanto continuamos trabalhando para levar minha esposa para casa com segurança”.

    Mas o destino de Griner permanece incerto.  Um processo criminal foi aberto contra a cidadã americana presa, informou a Interfax, citando o serviço alfandegário da Rússia. Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que a agência está “a par dos relatos de um cidadão americano preso em Moscou”.

    “Sempre que um cidadão dos EUA é preso no exterior, estamos prontos para fornecer todos os serviços consulares apropriados”, disse o porta-voz à CNN no sábado.

    A CNN entrou em contato com o representante de Griner para comentar o caso.

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