Secretário dos EUA, Blinken agradece Moldova por receber refugiados da Ucrânia
Mais de 230 mil ucranianos fugiram para o país vizinho no Leste Europeu desde a invasão russa no último dia 24
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, assegurou neste domingo (6) aos líderes de Moldova que os Estados Unidos farão oposição internacional à agressão russa “quando e onde quer que ela ocorra”.
Falando ao lado do presidente de Moldova, Maia Sandu, em uma turnê pelo Leste Europeu após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o principal diplomata americano também disse que os Estados Unidos apoiam as aspirações de Moldova de ingressar na União Europeia, mas que o processo será decidido pela UE.
Moldova diz que mais de 230 mil refugiados cruzaram sua fronteira com a Ucrânia desde que a guerra começou em 24 de fevereiro.
Questionado sobre quais garantias Washington poderia dar a Moldova à luz da agressão da Rússia à Ucrânia, Blinken apontou para os esforços dos EUA para mobilizar a resposta internacional que está isolando a Rússia e prejudicando sua economia.
“Quando e onde quer que essa agressão apareça, faremos a mesma coisa”, disse ele.
Os Estados Unidos não estão comprometidos em defender Moldova, já que a antiga república soviética, como sua vizinha Ucrânia, não é membro da Otan.
Sandu é um ex-economista do Banco Mundial que chegou ao poder em 2019 e ganhou um mandato maior nas eleições de julho prometendo laços mais estreitos com o Ocidente.
Moldova solicitou formalmente na quinta-feira a adesão à União Europeia. A medida deve irritar Moscou, que tem cerca de 1.500 soldados baseados na região separatista da Transnístria, no leste da Moldova.
Blinken disse que os EUA estão fornecendo US$ 18 milhões nos próximos anos para “fortalecer e diversificar” o setor de energia do país. Moldova depende muito do gás russo.
“A independência (energética) e a segurança energética são realmente críticas para manter a soberania e a independência”, disse Blinken.
Pelo menos 120 mil daqueles que cruzaram para a Moldova permanecem no país de cerca de 2,5 milhões de pessoas, disse a primeira-ministra Natalia Gavrilita em uma reunião anterior com Blinken.
“Para um país pequeno como a Moldova, este é um número muito grande” e a Moldova precisará de assistência para lidar com os refugiados, disse ela.
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