Beleza sem idade: SPFW 57 aposta em modelos e celebridades acima dos 40
A representatividade foi tema comum entre estilistas que celebram a beleza da maturidade no evento
A 57ª edição da SPFW começou na terça-feira (9) e segue até o domingo (14) com o tema “Sintonia”. Junto a ele, muita representatividade nas passarelas.
As marcas e estilistas apostaram na inclusão de modelos maduras nos desfiles, como já visto em edições passadas, mas dessa vez como forma de se conectar ainda mais com suas clientes e questionar estereótipos.
“A consumidora que curte moda e que tem mais poder aquisitivo pra isso é a mulher madura,” diz Isabella Fiorentino (46), à SPFW. Quando começou, aos 13, não era comum dividir o backstage com modelos acima de 30: “era muito raro uma modelo mais madura”.
Além de Fiorentino, Ticiane Pinheiro, 47, também desfilou para Lino Villaventura. “Fui modelo por muitos anos, participei de vários castings para o SPFW, mas nunca consegui desfilar neste evento que é o sonho de qualquer modelo”, compartilhou Ticiane.
Entre os 27 desfiles da primeira temporada de moda brasileira do ano, o da Reptilla também abordou a beleza da maturidade. Sob o comando da arquiteta curitibana Heloisa Strobel a marca fez sua estreia na noite da quarta-feira (10) com a coleção “Indelével”. O casting diverso contou com modelos 40+, entre as desfilantes da noite: Marina Dias, Neon Cunha e Rosa Saito.
“É importante estar aqui e mostrar o nosso trabalho, a gente faz moda brasileira, a gente faz moda criada por mulheres e isso precisa ser explorado”, disse Heloisa à CNN.
Danielle Winits (50), desfilou para Renata Buzzo no Iguatemi, em São Paulo, com a coleção “Fidemus”, que falou, também, sobre “incômodos femininos”.
De peruca preta e envolta em fantasia, a celebridade ajudou a contar a história do desfile pautada em uma raposa e um porco, trazendo muitas alegorias, figuras de linguagem e elementos identificáveis. “Me conectei muito com a ideia do desfile” disse Winits em seu Instagram.
Os desfiles mais aguardados da SPFW N57
Sexta-feira (12)
- Catarina Mina – às 14h30 no Iguatemi São Paulo
Também estreante na SPFW, a marca, sob o tema “Guardiãs da Memória”, homenageará as artesãs que preservam e repassam para as novas gerações a tradição do ofício.
Guardiãs da Memória é sobre transgeracionalidade, identidade, excelência e valorização. É também sobre autenticidade, design, vestimenta, moda. A coleção é formada por peças que preservam a autenticidade do Nordeste brasileiro. Estarão na passarela cerca de 40 looks.
- Walério Araújo – às 19h no JK Iguatemi
Walério Araújo entrelaça afeto, memórias e histórias de família com glamour e bom-humor em um desfile que homenageará sua mãe, Dona Neném.
O resgate das lembranças vai do paladar, no gosto de Dona Neném pela culinária nordestina e seus pratos mais conhecidos, que se transformam em peças divertidas, como um maxi-cuscuz todo feito em tule, além de estolas e casquetes que remetem a um ovo frito, até a vida doméstica interiorana, também na estamparia, que destaca outras atividades da casa, queridas pela matriarca: o cuidado com o jardim de samambaias e a pequena criação de porcos.
Sábado (13)
- FORCA – às 19h no JK Iguatemi
Intitulada de “Everyday it’s 1989”, a coleção tem seu nome inspirado na música homônima do artista Moby. Dividindo o desfile em três momentos, a FORCA vai iniciá-lo com o bloco Office, quando peças sociais e corporativas serão exibidas com tecidos de alfaiataria em looks compostos por blazer e calça, sapatos sociais e outros.
Em seguida, em parceria com a marca esportiva italiana Kappa, o bloco Sport apresenta looks de performance e street-style com escolhas como camisetas de futebol, bonés e chuteiras. Por fim, representando fortemente o DNA da marca, o último bloco, chamado Noite, conta com peças como body, calças, jaquetas e botas de couro.
Domingo (14)
- Amapô Jeans – às 18h30 no Love Cabaret
Encerrando o evento, a marca promete um desfile de reedições dos looks mais icônicos e especiais já levados às passarelas da São Paulo Fashion Week.
A etiqueta desenvolve nesta temporada temas como sustentabilidade e valorização artística do trabalho artesanal e têxtil. Peças em diferentes tonalidades com patchwork, calça boca-de-sino e jeans com pedrarias, por exemplo, serão vistas reestruturadas e retrabalhadas de uma forma que mostram que os estilos podem ser interpretados de diferentes maneiras em qualquer passagem pelo tempo.
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