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    Impacto da guerra no preço de alimentos pode aumentar fome no mundo, alerta ONU

    Além da Ucrânia, regiões da África e do Oriente Médio podem sofrer com a falta de produtos importados do leste-europeu

    Beatriz Puenteda CNN no Rio de Janeiro

    O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), alertou que a guerra na Ucrânia pode desencadear uma escalada da fome no país.

    Segundo o presidente da entidade, Gilbert Houngbo, a limitação do abastecimento de alimentos básicos, como trigo, milho e óleo de girassol, fará com que os preços desses produtos aumentem e, consequentemente, esses insumos ficarão fora do alcance econômico para grande parte da população ucraniana.

    Na última terça-feira (1º), o mercado internacional já registrou que o preço do trigo subiu 8,91%, chegando ao maior valor em 13 anos, enquanto o milho avançou 6,06%.

    Para Houngbo, o problema pode ir além das fronteiras da Ucrânia. A região do Mar Negro é responsável por 12% das exportações de calorias alimentares globais.

    Cerca de 40% das exportações de trigo e milho produzidos no país tem como destino o Oriente Médio e a África, que já sofrem com a fome. Para ele, a persistência dos conflitos na Ucrânia, além de prejudicial para os países envolvidos, será catastrófica para o mundo inteiro.

    “Mais escassez de alimentos ou aumento de preços podem levar à agitação social. Particularmente para aqueles que já lutam para alimentar suas famílias”, pontuou o presidente da agência.

    Segundo a Fida, atualmente, cerca de 10% da população mundial não têm o suficiente para comer. Além disso, a ONU destaca que os impactos da pandemia de Covid-19 e de eventos climáticos seguem levando milhões de pessoas à pobreza e à insegurança alimentar.

    A agência da ONU afirmou que está empenhada em aumentar a autossuficiência alimentar e a resiliência dos países mais pobres do mundo, mas destacou a dificuldade para mitigar os impactos globais da guerra entre Ucrânia e Rússia.

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