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    Fórmula 1 rompe contrato com organização de GP da Rússia; circuito sai da temporada

    Decisão acontece dias após a realização da corrida russa de 2022 ser suspensa por conta da guerra na Ucrânia

    Aleks KlosokLéo Lopesda CNN

    A Fórmula 1 anunciou, nesta quinta-feira (3), que não realizará mais corridas na Rússia, após romper o contrato com a organização do evento. A medida aconteceu dias após a realização do GP da Rússia ser suspensa por conta da guerra na Ucrânia.

    “A Fórmula 1 pode confirmar que rescindiu seu contrato com o organizador do Grande Prêmio da Rússia, o que significa que a Rússia não terá uma corrida no futuro”, disse um porta-voz da categoria à CNN.

    A corrida, que tradicionalmente acontecia no circuito na cidade de Sóchi, deveria ser transferido para São Petersburgo a partir de 2023. Com o anúncio desta quinta (3), os planos estão cancelados.

    A decisão de romper o contrato com a organização surge poucos dias após a Fórmula 1, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e as equipes da categoria anunciarem, que a realização da corrida russa na atual temporada estava suspensa.

    “Estamos observando os acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque e esperança de uma solução rápida e pacífica para a situação atual”, declararam os envolvidos, em comunicado conjunto.

    Eles explicaram que houve uma reunião, na noite de quinta-feira (24), e a conclusão foi de que “é impossível realizar o GP da Rússia nas circunstâncias atuais”.

    A prova estava programada para acontecer entre os dias 23 e 25 de setembro deste ano.

    Pouco após o anúncio, a McLaren, dos pilotos Lando Norris e Daniel Ricciardo, apoiou a decisão da Fórmula 1.

    “A McLaren Racing apoia totalmente a F1 e a decisão da FIA de remover o GP da Rússia do calendário de corridas de 2022”, escreveu no Twitter.

    Nesta quinta-feira (24), o piloto Sebastian Vettel, da Aston Martin, já tinha se pronunciado contra a realização da corrida russa.

    “Acordei com as notícias desta manhã e fiquei chocado. Eu acho que é horrível ver o que está acontecendo. Obviamente, se você olhar no calendário, nós temos uma corrida agendada na Rússia. Por mim, minha opinião é de que eu não deveria ir, eu não vou”, declarou em uma publicação no seu Instagram oficial.

    Piloto russo Nikita Mazepin dirige em Barcelona o carro da Haas, nesta sexta-feira (25), sem as cores da bandeira da Rússia
    Piloto russo Nikita Mazepin dirige em Barcelona o carro da Haas, nesta sexta-feira (25), sem as cores da bandeira da Rússia / Rudy Carezzevoli/Getty Images (25.fev.2022)

    Além disso, a escuderia norte-americana Haas anunciou, na quinta-feira (24), que abandonaria as cores da bandeira russa de seu carro na pré-temporada de 2022 para correr com um “branco liso”.

    A Haas carregava o azul e vermelho em seu carro por conta do patrocínio da Uralkali, exportadora de fertilizantes russa. A equipe da Fórmula 1 anunciou que abriu mão do patrocínio.

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