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    Inflação no Reino Unido pode ir a 7,5% em abril, levada pela alta da energia

    Michael Saunders, membro do BoE, afirma que o efeito dos preços de energia na inflação é temporário

    Leandro Tavares e Letícia Simionato, do Estadão Conteúdo

    A inflação anual no Reino Unido deve alcançar 7,25% em abril deste ano, pressionada pelos preços da energia, disse Catherine Mann, integrante do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), em um evento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Cleveland.

    Para Michael Saunders, também membro do comitê, porém, esse efeito dos preços de energia na inflação provavelmente será temporário.

    “Isso elevará a inflação — e diminuirá o crescimento dos salários reais — por um período. Mas, a menos que os preços da energia continuem subindo ou as expectativas de inflação sejam desestabilizadas, é improvável que gere um excesso de inflação sustentado”, afirmou Saunders, durante participação em evento da Universidade de East Anglia.

    Segundo ele, não faz sentido apertar tanto a política monetária visando voltar à meta de inflação de 2% ao ano, enquanto o efeito temporário dos preços da energia estiver no auge.

    “Isso não significa que o Comitê de Política Monetária abandonou seu compromisso com a inflação baixa, mas há pouco que a política monetária possa fazer com efeitos temporários da inflação”, destacou.

    “O quadro geral é que, embora o aumento dos preços da energia seja responsável por grande parte do excesso de inflação, também é verdade que a economia está com um excesso de demanda significativo e as expectativas de inflação não estão tão bem ancoradas quanto gostaria”, completou.

    Saunders afirmou que, na reunião de fevereiro, foi a favor de um aumento da taxa de juros de 0,5 ponto.

    Ainda assim, disse que esse posicionamento não necessariamente indica que ele votará por passos de 0,5 ponto caso os juros tenham que subir mais. De acordo com ele, o Comitê tem ferramentas para fazer com que a inflação volte à meta de 2%.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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