Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Rússia já disparou mais de 400 mísseis contra a Ucrânia desde o início da guerra

    Alto funcionário da Defesa dos EUA informou à CNN que sistemas de defesa aéreos dos ucranianos seguem "viáveis, intactos e engajados"

    Michael Conteda CNN

    Entre o início da guerra na última quinta (24) e a manhã desta terça (1º), os Estados Unidos já registraram mais de 400 mísseis disparados pela Rússia contra a Ucrânia, de acordo com um alto funcionário da defesa americana.

    Os ucranianos ainda têm sistemas de defesa antimísseis aéreos que permanecem “viáveis, intactos e engajados”, segundo o funcionário relatou à CNN.

    O funcionário também disse que, embora a Rússia ainda não tenha alcançado a superioridade aérea, “há áreas em que eles têm mais controle do que outras”.

    Uma alta fonte da defesa americana também informou à CNN que o avanço das forças russas rumo à capital ucraniana de Kiev permanece “basicamente onde estava ontem”.

    Os russos não estão apenas enfrentando problemas de “combustível e sustentação”, mas estão mostrando sinais de que estão ficando sem comida, afirmou o funcionário.

    O funcionário citou uma série de possíveis razões para a paralisação, incluindo a resistência ucraniana.

    O funcionário também citou a possibilidade de que os russos estivessem pausando seu avanço por opção porque poderiam estar “reagrupando, repensando, reavaliando”.

    A CNN informou anteriormente que os EUA acreditam que a Rússia está recorrendo a um poder de fogo mais pesado e sistemas de armas mais devastadores.

    “Eles se reagruparão, se ajustarão, mudarão suas táticas”, disse a autoridade, acrescentando que o Ministério da Defesa russo admitiu abertamente que teria como alvo áreas civis em Kiev.

    Mas o funcionário também observou que os militares russos parecem ser “avessos ao risco” quando se trata de suas próprias tropas.

    “Houve nos últimos seis dias evidências de um certo comportamento avesso ao risco por parte dos militares russos”, disse o funcionário.

    “Você já viu isso no terreno, onde as unidades estão se rendendo, às vezes sem luta. E eles têm, muitos desses soldados são recrutas, nunca estiveram em combate antes, alguns dos quais acreditamos que nem sequer foram informados de que estariam em combate. Então, estamos apenas vendo evidências de um pouco de aversão ao risco.”

    Alerta para civis

    Os militares russos disseram nesta terça-feira (1º) que realizarão ataques contra instalações em Kiev, alertando os civis que vivem perto das áreas a saírem. Segundo eles, os alvos seriam a Agência de Segurança de Estado e o 72º Centro Principal para Informações e Operações Psicológicas em Kiev,

    Após o aviso, no entanto, houve ataque a uma torre de TV em Kiev — como revelam fotos e vídeos postados em redes sociais que foram geolocalizados e verificados pela CNN. 

    O Ministério do Interior afirmou que ao menos cinco pessoas foram mortas durante o ataque e cinco ficaram feridas.

    O canal de televisão local 1+1 afirmou que vai trabalhar para restaurar qualquer sinal perdido. “Os canais não funcionarão por um tempo”, disse o ministério ucraniano em um comunicado. “A transmissão de backup de alguns canais será habilitada em um futuro próximo”.

    Comboio se aproxima

    Um enorme comboio russo está se aproximando de Kiev e as autoridades dos EUA alertam que os números absolutos da Rússia podem ser capazes de superar a resistência ucraniana.

    A coluna russa de 64 km, composta por veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e outros veículos logísticos, chegou aos arredores da capital da Ucrânia, de acordo com imagens de satélite da Maxar Technologies.

    A Maxar disse que viu nuvens de fumaça subindo de várias casas e prédios perto das estradas onde o comboio está viajando, embora não esteja claro qual foi a causa.