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    Rússia se prepara para lançar operação de desinformação em larga escala, diz Ucrânia

    Ministro das Relações Exteriores ucraniano pediu à China que colabore diplomaticamente para interromper a invasão militar russa no país

    Olya Voitovychda CNNNatalia ZinetsTony Munroeda Reuters em Kiev

    A Rússia está se preparando para lançar uma “operação psicológica e de informação em larga escala” contra a Ucrânia, disse o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, nesta terça-feira (1º).

    “Seu objetivo é quebrar a resistência dos ucranianos e do exército ucraniano com mentiras”, disse Reznikov em comunicado.

    De acordo com o ministro da Defesa, a Rússia planeja criar “problemas de comunicação” e fabricar relatórios de que as lideranças militar e política da Ucrânia “concordaram em se render” às Forças Russas.

    “Como ‘confirmação’ disso, documentos falsos – supostamente assinados – assim como vídeos falsos editados serão divulgados”, disse Reznikov.

    “Isso é uma mentira. Isso não vai acontecer. Não haverá rendição! Apenas a vitória”, acrescentou.

    Essa suposta operação de desinformação engatilhada pelos russos acontecem no momento em que um comboio de 64 km das forças russas se aproxima da capital ucraniana Kiev.

    A coluna russa de 64 km, composta por veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e outros veículos logísticos, chegou aos arredores da capital da Ucrânia, de acordo com imagens de satélite da Maxar Technologies.

    A Maxar disse que viu nuvens de fumaça subindo de várias casas e prédios perto das estradas onde o comboio está viajando, embora não esteja claro qual foi a causa.

    As novas imagens surgem quando autoridades dos EUA disseram a parlamentares em briefings classificados na segunda-feira que uma segunda onda de tropas russas provavelmente consolidará as posições do país na Ucrânia e, por números absolutos, poderá superar a resistência ucraniana, de acordo com duas pessoas familiarizadas com os briefings.

    “Essa parte foi desanimadora”, disse um legislador à CNN.

    Ucrânia pede à China que faça a Rússia parar a guerra

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu a seu colega chinês em um telefonema nesta terça-feira que use os laços de Pequim com Moscou para acabar com a invasão militar russa de seu vizinho, disse o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em um posicionamento.

    De acordo com o comunicado, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse a Kuleba que Pequim está pronta para fazer todos os esforços para ajudar a acabar com a guerra por meio da diplomacia.

    A China, que se aproximou de Moscou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que mantém laços diplomáticos cordiais e fortes laços comerciais com a Ucrânia, recusou-se a condenar o ataque da Rússia ao país ou a chamar suas ações de invasão.

    A ligação entre os dois é a primeira a ser relatada desde o ataque da Rússia ao seu vizinho na quinta-feira passada. Foi iniciado por Kuleba, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China .

    Wang repetiu o pedido da China por uma solução para a crise por meio de negociações, dizendo que apoia todos os esforços internacionais que possam ajudar a alcançar uma resolução política, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês em comunicado.

    A guerra nesta terça (1º)

    Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, em uma explosão na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, disse o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia em um post do Telegram nesta terça-feira (1°).

    A explosão atingiu um prédio do governo, de acordo com vídeos do incidente postados pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia (MOFA) e funcionários do governo. Os clipes foram publicados também na terça-feira, no horário local, e foram verificados pela CNN.

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kubela, disse que “ataques com mísseis russos” causaram a explosão. Ele reforçou, então, o pedido para que outros países “isolem a Rússia totalmente”.

    A busca por possíveis vítimas continua em andamento, ainda segundo o governo.

    Na segunda-feira (28), pelo menos nove civis foram mortos por ataques com foguetes russos em Kharkiv, disse o prefeito Ihor Terekhov. Segundo ele, três crianças morreram.

    “Os mísseis atingiram prédios residenciais, matando e ferindo civis pacíficos. Kharkiv não vê tantos danos há muito tempo. E isso é horrível”, disse ele. Terekhov disse que quatro pessoas saíram do abrigo para pegar água e foram mortas.

    Uma família de dois adultos e três crianças foi queimada viva em seu carro, disse ele. Outras 37 pessoas ficaram feridas. A administração da cidade de Kharkiv deu os mesmos números.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

    versão original