Ex-CFO da Organização Trump é condenado à prisão após falso testemunho sobre triplex
Allen Weisselberg, em um acordo com os promotores, concordou em se declarar culpado de duas acusações criminais relacionadas ao depoimento que prestou durante em 2020 ao procurador-geral
O ex-CFO da Organização Trump, Allen Weisselberg, que admitiu ter dado falso testemunho durante o julgamento de fraude civil de Donald Trump, foi condenado nesta quarta-feira (10) a cinco meses de prisão nos EUA por acusações de perjúrio.
Weisselberg enfrentou cinco acusações de perjúrio, mas, em um acordo com os promotores, ele concordou em se declarar culpado de duas acusações criminais relacionadas ao depoimento que prestou durante em 2020 junto ao gabinete do procurador-geral.
Weisselberg também admitiu ter testemunhado falsamente no julgamento de fraude civil, no outono passado, mas essa não está entre as acusações das quais ele se declarou culpado.
Como parte do acordo judicial, os promotores concordaram em recomendar que Weisselberg cumprisse pena de cinco meses de prisão.
Weisselberg testemunhou falsamente sobre seu conhecimento do tamanho do apartamento triplex de Trump e como o valor desse apartamento foi inflacionado nas demonstrações financeiras do ex-presidente durante anos com base na metragem quadrada incorreta.
De acordo com seu recente acordo com os promotores, Weisselberg não se declarou culpado de perjúrio no julgamento de fraude civil de Trump sobre o triplex, e as partes concordaram que ele não seria condenado por essa conduta.
Depois que a sentença foi proferida nesta quarta-feira, Weisselberg foi algemado e escoltado para fora do tribunal.
Essa é a segunda confissão de culpa de Weisselberg, que em 2022 se declarou culpado de 15 acusações de fraude fiscal e testemunhou no julgamento de duas empresas da Organização Trump, a holding familiar do republicano. Ele cumpriu cerca de quatro meses de prisão.
Weisselberg negociou a confissão com os promotores de Manhattan por várias semanas em relação ao seu depoimento prestado durante a investigação civil do procurador-geral de Nova York sobre o ex-presidente, em 2020, e seu testemunho no ano passado.
Como parte das negociações de confissão, não se esperava que Weisselberg se voltasse contra Trump e testemunhasse contra ele no caso criminal de ocultação do dinheiro em Nova York, disseram fontes.
Trump é indiciado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento e reembolso de dinheiro antes das eleições presidenciais de 2016.
Weisselberg foi fundamental nas negociações financeiras, mas nem os promotores nem os advogados de Trump disseram que planejam chamá-lo como testemunha. Trump se declarou inocente das acusações.