“Golden Visa” pode ajudar a identificar magnatas russos alvos de sanções dos EUA e UE
Benefício que auxilia no pedido de cidadania ou visto de residência a estrangeiros deve ser usado para localizar grandes investidores russos no Ocidente que sejam ligados a Vladimir Putin
O “Golden Visa” é oferecido por 10 países, entre eles os Estados Unidos, Reino Unido e cinco territórios dentro da União Europeia. O recurso facilita a permanência de longo prazo –ou definitiva– de estrangeiros mediante um investimento financeiro expressivo. A tática foi criada para atrair investidores.
O governo britânico exige uma aplicação mínima de 2,4 milhões de euros (R$ 13,8 milhões, na atual cotação) para que o interessado recorra ao benefício. Nos Estados Unidos, o investimento está na casa dos 800 mil euros (R$ 4,6 milhões), desde que o dinheiro seja aplicado em algum negócio que gere empregos.
A Grécia, por sua vez, pede uma transferência de recurso mais modesta: 250 mil euros (R$ 1,4 milhão) na compra de uma casa, por exemplo. Em todos estes países há registro de investimentos russos que ajudaram o dono do dinheiro a conseguir um visto ou cidadania.
Como o recurso é amplamente usado por estrangeiros endinheirados, os registros das transações podem ser usados para rastrear os donos dos valores.
Ou vice-versa: mediante a identidade de alguém que entrou na lista de bloqueios impostos à Rússia, o sistema permite a localização dos bens, e eventuais suspensões.
Faz parte da lista de sanções já anunciadas por Estados Unidos e União Europeia restrições a oligarcas que fazem parte de círculo de apoio político e financeiro ao presidente Vladimir Putin.