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    Brasil deve apoiar França e México em nova resolução do Conselho de Segurança

    Ainda não é certo que a proposta será apreciada; diplomacia brasileira quer reconhecer oficialmente que houve ato de agressão da Rússia e mostrar que alguns princípios internacionais são incontornáveis

    Caio Junqueirada CNN

    O Brasil se prepara para endossar mais um projeto de resolução na Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a invasão da Rússia na Ucrânia.

    Trata-se de uma proposta de cunho humanitário apresentada pela França e pelo México ao Conselho de Segurança para “exigir o fim das hostilidades, a proteção dos civis, um acesso humanitário seguro e desimpedido para atender às necessidades urgentes da população”.

    O colegiado se reúne ainda nesta segunda-feira (28) para discutir ajuda humanitária a Ucrânia, mas ainda não é certo que a proposta será apreciada.

    De qualquer forma, a diplomacia brasileira deverá referendar o projeto quando ele for votado. Será, nesse sentido, o quarto movimento formal do Itamaraty em alinhamento com os países ocidentais contra a Rússia.

    O primeiro foi o discurso do embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, criticando os ataques. O segundo ocorreu quando o Brasil referendou o projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos condenando os ataques.

    A íntegra do documento foi revelada na véspera de sua votação pela CNN. O terceiro foi nesta tarde, quando Brasil voltou a condenar os ataques em uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU.

    A leitura na diplomacia brasileira é de que com essas posições o Brasil reconhece oficialmente perante o mundo que houve um ato de agressão por parte da Rússia e mostra que alguns princípios internacionais são incontornáveis, como o de respeito à soberania dos estados, à democracia e às liberdades individuais.

    Isso a despeito de haver também a percepção nos bastidores de que as motivações da Rússia em se movimentar sobre a Ucrânia se deve em parte ao avanço da Otan sobre o país.