Google desativa temporariamente dados de tráfego ao vivo do Maps na Ucrânia
Empresa disse que tomou medidas para a segurança das comunidades locais no país
O Google, da Alphabet, confirmou neste domingo (27) que desativou temporariamente na Ucrânia algumas ferramentas do Google Maps que fornecem informações ao vivo sobre as condições do trânsito e a movimentação de diferentes lugares.
A empresa disse que tomou medidas para a segurança das comunidades locais no país, após consultar fontes, incluindo autoridades regionais. A Ucrânia está enfrentando ataques de forças invasoras russas.
Ainda neste domingo, o comissário de Mercado Interno da União Europeia (UE), Thierry Breton, fez uma videochamada com o presidente-executivo da Alphabet (controladora do Google), Sundar Pichai, e a CEO do YouTube, Susan Wojcicki para pedir que eles façam mais para acabar com a desinformação após a invasão da Ucrânia pela Rússia, disse um funcionário da Comissão Europeia.
Putin restringe Twitter e Facebook
As maiores empresas de redes sociais americanas, como Facebook, Youtube e Twitter, escalam o embate com o governo de Vladimir Putin pela internet.
O Twitter — plataforma pela qual o presidente urcraniano, Volodymyr Zelensky, tem se comunicado domesticamente e com a comunidade internacional — afirmou que seu serviço estava sendo restrito para algumas pessoas na Rússia. A empresa disse ainda estar trabalhando para manter a plataforma segura e acessível.
Na sexta-feira, um dia depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, Moscou disse que estava limitando parcialmente o acesso ao Facebook, da Meta Platforms Inc, acusando a empresa de “censurar” a mídia russa.
A plataforma reagiu. O chefe de Política de Segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, anunciou ontem (26) que proibiu a mídia estatal russa de veicular anúncios e monetizar na plataforma.
“Essas mudanças já começaram a ser implementadas e continuarão no fim de semana. Estamos monitorando de perto a situação na Ucrânia e continuaremos compartilhando as medidas que estamos tomando para proteger as pessoas em nossa plataforma”, afirmou o executivo.
O YouTube, do Google, também bloqueou a mídia estatal russa RT e suspendeu sua capacidade de monetizar seu conteúdo na plataforma globalmente, anunciou gigante do vídeo neste sábado (26).
A medida para restringir o RT e vários outros canais russos ocorre depois que o governo ucraniano pediu ao YouTube que cortasse o acesso de dentro do país, disse o YouTube à CNN.
Em um comunicado, o porta-voz do YouTube, Ivy Choi, citou “circunstâncias extraordinárias na Ucrânia” para os passos da empresa.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.