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    Ameaça de uso de armas nucleares pode forçar negociação, diz cientista político

    Em entrevista à CNN, Fabiano Mielniczuk avaliou quais podem ser os cenários traçados após a conversa entre as delegações russa e ucraniana, que acontece nesta segunda-feira

    Duda Cambraiada CNN*Renata Souzada CNN , em São Paulo

    O presidente Vladimir Putin ordenou ao seu exército neste domingo (27) que as forças de dissuasão – que incluem armas nucleares – sejam colocadas em alerta de combate. A medida acontece no mesmo dia em que foi acertada uma conversa entre as delegações russa e ucraniana.

    Para o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fabiano Mielniczuk, em entrevista à CNN, a ameaça de Putin pode ser uma estratégia para forçar a negociação.

    “É mais vantajoso para a Rússia utilizar essa cartada de uma ameaça nuclear exatamente para forçar uma negociação, para deixar bem claro para o resto do mundo que a Rússia está falando sério em relação aquilo que ela está fazendo na Ucrânia“, afirmou.

    Já em relação a conversa entre os dois países, que deve acontecer na manhã desta segunda-feira (28), Mielniczuk acredita que não deve ser o suficiente para ser decretado o fim da guerra.

    “É possível falar em começo de negociação, agora o término da negociação é algo que está um pouquinho distante no horizonte. A negociação pode ser rápida se a Ucrânia aceitar um armistício e aceitar a discussão do status de neutralidade do país e desmilitarização, do ponto de vista dos russos”, avaliou.

    Sobre as sanções aplicadas à Rússia, o especialista comentou que a retirada dos bancos do país do sistema Swift, o mais importante meio de transações internacionais, é uma cartada poderosa, porém “perigosa”. Isso porque as consequências podem ser graves para os países do Ocidente, especialmente em razão da dependência de gás e petróleos russos.

    Para a Rússia, além das consequências negativas, as sanções podem levar o país a “aprofundar suas relações com a China de um modo nunca antes visto”. O cientista político explicou que os russos possuem um sistema próprio de pagamentos que deve começar a ser mais utilizado e aprimorado com a ajuda dos chineses.

    *Sob supervisão 

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