Destinaremos mais de 2% do PIB para defesa, diz Scholz, chanceler da Alemanha
Scholz também destacou que paz permanente não é possível com presidente Putin
A guerra na Ucrânia por parte da Rússia refletiu em diversas mudanças na gestão de alguns países. Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, afirmou neste domingo (27), ao parlamento alemão, que destinará mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para defesa.
Ao todo, o governo fornecerá 100 bilhões de euros para investimentos militares do orçamento de 2022.
O PIB da Alemanha encolheu 0,3% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre de 2021, segundo dados finais divulgados na sexta-feira (25) pela Destatis, como é conhecida a agência alemã de estatísticas.
“Não poderia haver outra resposta para a agressão de Putin“, disse Scholz aos legisladores. O chanceler destacou que pretende desenvolver novos caças e aeronaves, para que os soldados alemães sejam equipados de forma mais apropriada, “com melhores equipamentos e dispositivos”.
Para ele, o investimento na segurança é necessário para proteger a liberdade e a democracia.
“[O presidente] Putin quer mudar a Europa e ter um império russo”, afirma Scholz. “Mas ele não tem força militar para isso… Putin não deve subestimar que nós iremos nos defender”.
“Como democratas e europeus, [nós] estamos do lado certo da história”. Além de proteções internas, o chanceler afirmou que irá entregar armamentos para que a Ucrânia se defenda do ataque russo.
Sanções
Ao parlamento, o chanceler destacou que os bancos russos e as companhias estatais serão cortadas nos financiamentos. “Teremos medidas punitivistas contra Putin e seu círculo próximo”.
Ele argumentou ainda que as instituições financeiras russas serão removidas do sistema swift (setor do sistema financeiro global que permite a transferência rápida de dinheiro através de fronteiras”.
“Nossas sanções funcionam”, justifica o chanceler, “já que a bolsa russa caiu [nos últimos dias]”. As ações russas caíram 33% e o rublo atingiu uma baixa recorde em relação ao dólar no pregão da última quinta-feira (24), depois que as tropas russas lançaram um ataque à Ucrânia.
“Foi o presidente Putin, não as pessoas que quiseram essa guerra… e, apesar [do presidente russo] não mudar sua opinião do dia para a noite, sentirá que precisará pagar [pelo o que está fazendo]”, destaca Scholz.