Reunião do Conselho de Segurança da ONU aprofundou isolamento da Rússia
Posição do Brasil mostra descolamento com a opinião do presidente Jair Bolsonaro
A Reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (25) aprofundou o isolamento da Rússia. O país foi o único a votar contra uma resolução que condena a invasão à Ucrânia e pede a retirada imediata das tropas.
A China demonstrou ter uma parceria de conveniência com os russos e não uma aliança ao apenas se abster. Assim, mostrou que nem no Conselho de Segurança está disposta a embarcar na aventura russa.
Também se abstiveram os Emirados Árabes Unidos, uma monarquia absolutista sustentada pelo petróleo ditatorial e parceira da Rússia, que integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A outra abstenção foi da Índia, governada por um populista, o primeiro-ministro Narendra Modi, que tem grande proximidade com o presidente russo Vladimir Putin e faz parte dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cinco economias emergentes.
A posição do Brasil, de total desacordo com a invasão do território ucraniano, tem um descolamento em relação às posições do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante o discurso, fontes no Itamaraty afirmaram que a fala do embaixador brasileiro Ronaldo Costa filho foi uma assonância, sem diálogo com Bolsonaro.
A diplomacia brasileira está criando fatos consumados no terreno no qual o presidente não irá conseguir recuar, empurrando o país no curso que sempre teve em situações de crise.