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    Após guerra na Ucrânia, Fórmula 1 deixa em suspenso a realização do GP na Rússia

    "É impossível realizar o Grande Prêmio da Rússia nas circunstâncias atuais", disseram os organizadores em comunicado

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    A Fórmula 1, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e as equipes da categoria anunciaram, nesta sexta-feira (25), que a realização do Grande Prêmio da Rússia desta temporada está suspensa.

    A decisão foi tomada por conta da guerra deflagrada pelos russos contra a Ucrânia.

    “Estamos observando os acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque e esperança de uma solução rápida e pacífica para a situação atual”, declararam os envolvidos, em comunicado conjunto.

    Eles explicaram que houve uma reunião, na noite de quinta-feira (24), e a conclusão foi de que “é impossível realizar o GP da Rússia nas circunstâncias atuais”.

    A prova estava programada para acontecer entre os dias 23 e 25 de setembro deste ano.

    Pouco após o anúncio, a McLaren, dos pilotos Lando Norris e Daniel Ricciardo, apoiou a decisão da Fórmula 1.

    “A McLaren Racing apoia totalmente a F1 e a decisão da FIA de remover o GP da Rússia do calendário de corridas de 2022”, escreveu no Twitter.

    https://twitter.com/McLarenF1/status/1497189188621553664?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1497189188621553664%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3828395019937450777.ampproject.net%2F2202142035002%2Fframe.html

    Nesta quinta-feira (24), o piloto Sebastian Vettel, da Aston Martin, já tinha se pronunciado contra a realização da corrida russa.

    “Acordei com as notícias desta manhã e fiquei chocado. Eu acho que é horrível ver o que está acontecendo. Obviamente, se você olhar no calendário, nós temos uma corrida agendada na Rússia. Por mim, minha opinião é de que eu não deveria ir, eu não vou”, declarou em uma publicação no seu Instagram oficial.

    Piloto russo Nikita Mazepin dirige em Barcelona o carro da Haas, nesta sexta (25), sem as cores da bandeira da Rússia. / Getty Images

    Além disso, a escuderia norte-americana Haas anunciou, na quinta-feira (24), que abandonaria as cores da bandeira russa de seu carro na pré-temporada de 2022 para correr com um “branco liso”.

    A Haas carregava o azul e vermelho em seu carro por conta do patrocínio da Uralkali, exportadora de fertilizantes russa. A equipe da Fórmula 1 anunciou que abriu mão do patrocínio.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)

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