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    Crescimento depende de investimentos em infraestrutura, diz economista-chefe do Inter

    Existe a previsão de R$ 76 bilhões em investimentos com sete grandes leilões rodoviários nos próximos 30 anos

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    A economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, declarou, nesta quarta-feira (23), em entrevista à CNN, que o crescimento econômico do Brasil depende de novos investimentos em infraestrutura.

    Estão previstas a privatização e concessão superior a 6 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais neste ano, considerando apenas os projetos em fase avançada de licitação, com leilão já agendado ou com edital a ser publicado.

    “De fato, os novos leilões e essa possibilidade de novos investimentos em infraestrutura no país são o destaque positivo que a gente vai ver na atividade agora em 2022. Aliás, já foi o destaque em 2021. Devemos ter o crescimento do PIB, que vai ser anunciado pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] na próxima semana, por volta de 4,6%”, explicou.

    “E os investimentos foram o destaque desse crescimento no ano passado. A taxa de investimento do PIB chegou a 20%. Boa parte disso se deve a ocorrência de novos leilões em infraestrutura, não só rodovias, como o saneamento e o setor elétrico. Para 2022, devemos ter a continuidade desses investimentos e de novos leilões, trazendo um importante acréscimo de infraestrutura para o país. Tivemos um crescimento grande no ano passado em cima de uma base muito fraca de 2020. Para voltarmos a ter um crescimento maior da nossa economia, precisamos muito desses investimentos em infraestrutura”, continuou.

    Para os próximos 30 anos, há a previsão de R$ 76 bilhões em investimentos com sete grandes leilões rodoviários. As aplicações fazem parte das exigências dos editais e devem ser cumpridas pelas concessionárias que pretendem explorar os trechos.

    Entre os trechos que podem privatizados, estão estradas que irão deixar pela primeira de ser do Estado, como os 271,5 quilômetros do bloco 3 de concessões rodoviárias do governo do Rio Grande do Sul. E outras que tiveram seus contratos anteriores vencidos e relicitados, como por exemplo, uma parte dos 3.328 quilômetros que compõem as Rodovias Integradas do Paraná.

    No setor energético, caso o país investisse mais em energia eólica até 2026, poderiam ser criados cerca de 1,350 milhão de empregos e injetar US$ 22 bilhões à sua economia, segundo relatório do Conselho Global de Energia Eólica.

    (*Com informações de Juliana Elias e João Pedro Malar, do CNN Brasil Business)

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