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    Milhares de israelenses fazem manifestação para libertação de reféns

    Ato marca seis meses de guerra em Gaza

    Por Dedi Hayun, da Reuters

    Milhares de manifestantes se reuniram em Jerusalém neste domingo exigindo a libertação de cerca de 130 reféns ainda mantidos em Gaza após seis meses da guerra de Israel contra o Hamas.

    Homens armados do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro, mataram 1.200 pessoas em suas casas, em bases militares, ao longo de estradas e em uma rave ao ar livre e infligiram violência sexual a algumas de suas vítimas, segundo uma equipe de especialistas da ONU.

    Os homens armados também capturaram 253 reféns, incluindo crianças e idosos, civis e soldados. Cerca de metade deles foram libertados como parte de um breve acordo de trégua no final de novembro.

    As negociações para garantir outro cessar-fogo, que incluiria a libertação de mais dezenas de reféns restantes, foram retomadas no Egito neste domingo.

    Mas algumas famílias de reféns estão cautelosas, pois as negociações anteriores não surtiram efeitos e alguns dos reféns morreram no cativeiro.

    “Familiares e todos aqui já estão fartos. E as pessoas precisam entender isso e o mundo precisa se impor e resgatá-los”, disse Michal Nachshon, 39 anos, que viajou de Tel Aviv para o protesto em frente ao parlamento de Israel.

    “Está acima da política. Está acima da religião, é uma questão humanitária e é isso que estamos aqui para gritar hoje”, acrescentou.

    Embora alguns pais de reféns no protesto deste domingo tenham apelado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para fazer mais para trazer os reféns para casa, os participantes mantiveram a maioria das mensagens apolíticas, concentrando-se na sua dor e na necessidade urgente de levar os seus entes queridos para casa.

    Mas nas últimas semanas, os protestos contra o governo de Netanyahu intensificaram-se, com alguns críticos acusando o líder veterano de ter demorado a garantir um acordo – uma acusação que ele nega veementemente.

    O gabinete de Netanyahu tem enfrentado críticas generalizadas sobre a falha de segurança de 7 de outubro – o dia mais mortal de Israel e o pior ataque contra judeus desde o Holocausto.

    (Reportagem adicional de Maayan Lubell)

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