Rússia evacua diplomatas da Ucrânia e retira bandeiras da missão
Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou chamou de razões de segurança na terça-feira (22), um dia depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia
A Rússia começou a tirar funcionários diplomáticos de todas as suas missões na Ucrânia, informou a agência de notícias TASS nesta quarta-feira (23), citando um representante da Embaixada da Rússia em Kiev. A embaixada e o consulado geral em Odessa foram vistos na quarta com as bandeiras russas arriadas.
“Vários carros deixaram o território do consulado pela manhã”, disse à Reuters um membro da Guarda Nacional Ucraniana que estava de serviço perto do consulado russo em Odessa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou uma evacuação de funcionários diplomáticos da Ucrânia pelo que chamou de razões de segurança na terça-feira (22), um dia depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia e ordenou que as tropas russas “mantivessem a paz” lá, enquanto reuniam militares ao longo fronteiras ucranianas.
Os Estados Unidos e seus aliados divulgaram mais sanções contra a Rússia na quarta-feira por seu reconhecimento das duas áreas separatistas, ao mesmo tempo em que deixaram claro que estavam mantendo medidas mais duras em reserva no caso de uma invasão em grande escala por Moscou.
Na semana passada, um vídeo mostrando fumaça saindo da chaminé da Embaixada da Rússia circulou on-line. Um funcionário disse que a equipe havia queimado documentos antes da partida, disse a TASS na quarta-feira.
“Este é um procedimento comum. Em casos como o que temos agora há um conjunto de medidas que devem ser tomadas por questões de segurança”, disse o funcionário, segundo a agência.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia solicitou ao presidente Volodymyr Zelenskiy que rompesse os laços diplomáticos com a Rússia em resposta ao reconhecimento da independência das regiões controladas pelos separatistas. Zelenskiy disse na terça-feira que estava avaliando o pedido.