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    ‘Não podemos desistir de resolução pacífica’, diz secretário-geral da ONU

    Antonio Guterres disse que a situação na Ucrânia é grave e que vai continuar com a ajuda humanitária; Putin reconheceu duas regiões separatistas do país nesta segunda

    Tiago Tortellada CNN , em São Paulo

    Durante a reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas para discutir a situação na Ucrânia nesta quarta-feira (23), o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “não podemos desistir de uma resolução pacífica”.

    Guterres ressaltou que essa é uma situação muito grave com relação à segurança na Europa: “provavelmente a maior no meu mandato como secretário-geral”.

    Segundo Guterres, um “conflito ampliado” na região teria graves consequências humanitárias, especialmente para mulheres e crianças. “É hora de contenção, razão e desescalada. Não há lugar para ações e declarações que levariam essa situação perigosa ao abismo”, disse o secretário-geral da ONU.

    Guterres destacou ainda que o reconhecimento das regiões separatistas da Ucrânia, feito por Putin nesta segunda-feira (21) durante discurso aos russos, é uma “violação da integridade territorial” do país vizinho.

    “O reconhecimento da independência de Donetsk e Luhansk é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia, também é inconsistente com a carta da ONU”, disse.

    “Nossas agências humanitárias estão comprometidas em permanecer para apoiar as pessoas na Ucrânia, estão prontas para ajustar e redefinir suas operações conforme necessário. Se o conflito na Ucrânia se expandir, o mundo poderá ver uma escala e uma gravidade de necessidade que não foram vistas por muitos anos”, completou Guterres.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    Mapa da Ucrânia
    Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)

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