Cinco pessoas são investigadas por suposto estupro coletivo em boate no Rio
Homem com quem estrangeira de 25 anos teve uma relação sexual consentida foi identificado
A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no Centro do Rio de Janeiro, investiga cinco pessoas que estiveram na “dark room”, uma sala reservada para casais de uma boate na Lapa, no Rio de Janeiro, no momento em que a turista estrangeira de 25 anos alega ter sofrido um estupro coletivo.
O rapaz com quem a sul-americana teve uma relação consentida já foi identificado. Por se tratar de um possível crime de violência sexual, o caso é investigado com sigilo.
A polícia também aguarda os laudos dos exames de corpo de delito e toxicológico. No entanto, os resultados podem ser prejudicados pela demora no registro da ocorrência. O crime teria acontecido no domingo (31) e o caso foi comunicado apenas na terça-feira (2).
Segundo afirmou à polícia, a jovem foi até a sala por vontade própria. No entanto, ela contou que após se relacionar com o brasileiro, foi estuprada sem qualquer chance de defesa por um número de homens que não consegue precisar, uma vez que teria perdido a consciência.
Imagens obtidas com exclusividade pela CNN mostram o momento em que a universitária sai apressada da “dark room”. Logo atrás, sai também o rapaz com quem ela teria tido uma relação consensual.
Outro vídeo obtido pela CNN mostra que a jovem foi, na sequência, com amigas até a sala da gerência da boate LGBTQIA+. Muito nervosa, a vítima relata que teve o celular furtado, mas em um primeiro momento não fala sobre o suposto abuso. O rapaz que estava com ela no quarto escuro é trazido por um dos seguranças. Ele nega saber do telefone.
No meio da conversa, começa o questionamento sobre a violência sexual. O rapaz é questionado sobre as marcas vermelhas que a jovem tem pelo corpo e mostra marcas que ficaram também na pele dele. O jovem, a amiga da moça e o segurança começam a debater se houve violência.
A vítima, então, afirma que a relação que os dois tiveram foi consensual. No entanto, ela diz ter sido tocada por outras pessoas durante o tempo que esteve na sala escura.
Por se tratar de um espaço para encontros mais íntimos, a boate afirma que não tinha câmeras de vigilância dentro do quarto. Após a denúncia, um equipamento foi instalado na entrada da dark room.
Em carta divulgada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, a jovem disse que está de volta ao país de origem e que só quer descansar e esquecer o que passou na viagem pelo Brasil, que ela classifica como um pesadelo. Confira a carta abaixo.
Essa seria a segunda denúncia de estupro no estabelecimento, que foi fechado pela prefeitura até que o caso seja concluído. A boate afirma que está colaborando com a apuração do caso, mas diz que o fechamento do estabelecimento foi irregular.