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    Olaf Scholz: “Ninguém pode prever o futuro de Nord Stream 2 após ações da Rússia”

    EUA, Reino Unido, Ucrânia e vários países da União Europeia se opuseram ao gaseoduto desde que foi anunciado em 2015, alertando que o projeto aumentaria a influência de Moscou

    Inke Kappelerda CNN

    O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou em discurso televisionado, na noite desta terça-feira (22), que ninguém pode prever o futuro do gasoduto Nord Stream 2 -após as ações da Rússia no leste da Ucrânia – ao interromper a progressão do gasoduto.

    “Estamos tendo uma situação agora em que ninguém deveria apostar nisso [Nord Stream]”. Ele acrescentou: “Estamos longe de colocar [o gasoduto] em operação”, disse Scholz.

    Mais cedo na terça-feira, a Alemanha disse que estava interrompendo a certificação do gasoduto Nord Stream 2 após as ações de Moscou no leste da Ucrânia na segunda-feira. O oleoduto foi concluído em setembro, mas ainda não recebeu a certificação final dos reguladores alemães. Sem isso, o gás natural não pode fluir através do gasoduto do Mar Báltico da Rússia para a Alemanha.

    Estados Unidos, Reino Unido, Ucrânia e vários países da União Europeia se opuseram ao oleoduto desde que foi anunciado em 2015, alertando que o projeto aumentaria a influência de Moscou na Europa.

    O Nord Stream 2 poderia fornecer 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Isso representa mais de 50% do consumo anual da Alemanha e pode valer até US$ 15 bilhões para a Gazprom, a estatal russa que controla o oleoduto.

    Em discurso na noite de terça-feira, Scholz disse que o que aconteceu esta semana foi “uma grande decepção”. Ele disse: “Putin reuniu tropas suficientes ao longo das fronteiras ucranianas para realmente poder invadir totalmente o país”.

    O chanceler disse acreditar que o presidente russo “realmente pretende mudar parte da geografia da Europa e isso é muito ameaçador”.

    Apontando que os europeus concordaram em não mudar as fronteiras novamente, Scholz disse: “Quem está olhando para trás na história encontrará muitas fronteiras que costumavam ser diferentes. Se todos eles forem discutidos novamente, teremos um momento não muito pacífico pela frente e, portanto, teremos que voltar à soberania do país e às fronteiras que não são violadas.”

    “O que Putin fez é uma violação da lei internacional que não podemos e não vamos aceitar”, acrescentou Scholz.

    Charles Riley e Julia Horowitz, da CNN, contribuíram para esta reportagem

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