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    IPCA-15 deve ter alta de 0,8% em fevereiro, de acordo com a FGV

    Resultado será impactado pelo reajuste na mensalidade escolar, combustíveis e alimentos, segundo o economista André Braz

    Nathalia Teixeira*da CNN , no Rio de Janeiro

    Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da CNN, nesta terça-feira (22), mostra que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação, deve ter uma alta de 0,8% em fevereiro, em comparação com o primeiro mês de 2022. O indicador oficial será divulgado, nesta quarta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O economista da FGV, André Braz, afirmou à CNN que essa alta na inflação será impactada principalmente pela mensalidade escolar, devido à volta as aulas. Ele explicou que o índice será pressionado também pelo preço dos combustíveis e pelos alimentos.

    “Fevereiro é o mês que o IBGE capta o reajuste das escolas. Além disso, vai completar 30 dias do primeiro reajuste dos combustíveis, com isso, deve aparecer no IPCA-15 um aumento no entorno de 0,2%. Vale lembrar que os preços foram orientados, então se a Petrobras decidir rever o valor, que está previsto para os próximos dias, isso pode aumentar”, ressaltou o economista.

    Braz apontou também que os alimentos devem ser um destaque no índice em função das fortes chuvas em algumas regiões do Brasil. No entanto, não deve haver uma mudança expressiva nos alimentos que não são de origem vegetal.

    “As evoluções climáticas não são boas para as ofertas in natura por serem mais sensíveis à chegada da chuva. Podemos ver raízes, tubérculos, legumes e frutas com uma taxa de variação elevada, devido a essa diversidade do clima nesse final de verão. Fora os alimentos in natura, não deve haver uma mudança muito grande. As carnes por exemplo devem aparecer com variação abaixo de 1%. Já o leite com variação comportada em torno de 0,5%”, explicou.

    Braz chamou a atenção para a valorização do real frente ao dólar que pode ajudar a conter a inflação nos próximos meses. Dessa forma, o Brasil passa a importar produtos mais baratos sem perder a competitividade com outros itens, o que gera uma diminuição na pressão inflacionária sobre o IPCA.

    Ainda de acordo com o economista, a energia elétrica vai seguir com preço estável e deve permanecer sem mudanças até o mês de abril, quando pode haver mudança na bandeira tarifária.

    *Sob supervisão de Helena Vieira

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