Ucrânia se esforça em apontar crise com Rússia como problema de todos, diz especialista
Em entrevista à CNN, a professora de Relações Internacionais, Bárbara Motta, explicou que outras ex-repúblicas soviéticas devem se sentir ameaçadas com situação
Nesta segunda-feira (21), o presidente russo, Vladimir Putin, decretou o envio de tropas para duas regiões separatistas no leste da Ucrânia. O movimento veio pouco após a Rússia reconhecer a independência dessas áreas – Donetsk e Luhansk.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou nesta terça-feira (22) que a decisão da Rússia arruína os esforços de paz feitos e que os ucranianos podem romper relações diplomáticas com os russos. Ao lado de Alar Karis, presidente da Estônia, que é outra ex-república soviética, Zelenskiy também cobrou sanções do Ocidente contra Vladimir Putin.
Em entrevista à CNN nesta terça (22), a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Bárbara Motta, disse que a Ucrânia está se esforçando em apontar que a crise com a Rússia é um problema de toda comunidade internacional, e não apenas do país.
Ela pontua que a presença do presidente da Estônia no pronunciamento de Zelenskiy demonstra que outras nações, que outrora fizeram parte da União Soviética, podem estar se sentindo ameaçadas com a possibilidade de acontecer a mesma situação.
“Se esse tipo de movimentação pode acontecer em relação à Ucrânia, por que não poderia acontecer em algum outro país que faça parte do ex-espaço soviético?”, disse.
Por isso, ela acredita que os ucranianos estão se esforçando para apontar que essa crise é uma ameaça à ordem internacional como um todo.
“A gente sabe que as forças armadas da Ucrânia são inferiores às tropas russas. Então qualquer tipo de apoio e auxílio seria muito interessante para o país nesse momento”, declarou.
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Um soldado ucraniano caminha por uma trincheira em Svitlodarsk, na Ucrânia, no dia 11 de fevereiro • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Duas militares ucranianas fazem uma pausa em um refeitório na trincheira em Pisky, Ucrânia • Gaelle Girbes/Getty Images
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Voluntários paramilitares da Legião Nacional da Geórgia dão instruções a dois meninos (à dir.) sobre técnicas de tiro em Kiev, Ucrânia. A Legião Nacional da Geórgia viu um aumento nos pedidos de adesão e no número de participantes em seus cursos de treinamento no mês passado • Chris McGrath/Getty Images
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As forças armadas russas e bielorrussas participam do exercício militar "Allied Determination 2022", na Bielorrússia, em 11 de fevereiro de 2022. A segunda fase dos exercícios está prevista para durar até 20 de fevereiro • BELARUSÂ DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images
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Navio de desembarque da Marinha russa cruza o estreito de Bósforo a caminho do Mar Negro, no dia 9 de fevereiro, em Istambul, Turquia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que seis grandes navios estão se movendo do Mediterrâneo para o Mar Negro, onde participarão dos exercícios já em andamento • Burak Kara/Getty Images
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Sistemas de mísseis de defesa aérea S-400 Triumf durante os exercícios militares conjuntos "Allied Determination 2022" realizados por tropas bielorrussas e russas • Russian Defence Ministry/TASS
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Soldados russos e bielorussos em exercícios militares na fronteira • BELARUS DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images
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Imagens de satélite mostram militares no aeródromo de Oktyabrskoye e Novoozernoye, na Crimeia, no aeródromo de Zyabrovka perto de Gomel, em Belarus, e em área de treinamento de Kursk, no oeste da Rússia • Maxar Technologies
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Soldados dos EUA chegam à base militar de Mihail Kogalniceanu, na Romênia, em 11 de fevereiro • Alexandra Stanescu /Anadolu Agency via Getty Images
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Equipamento militar do Exército dos EUA, que está sendo transportado da Alemanha para a Romênia, é visto dentro de uma base militar, no dia 10 de fevereiro, na Romênia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de 3.000 soldados adicionais para reforçar os contingentes militares de países membros da OTAN • Andreea Campeanu/Getty Images
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Veículos militares do Exército dos EUA circulam na área de treinamento militar de Grafenwoehr. O Exército dos EUA está transferindo cerca de 1.000 soldados, incluindo tanques e veículos militares, de sua base em Vilseck, no Alto Palatinado, para a Romênia • Armin Weigel/picture alliance via Getty Images
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Soldado ucraniano é visto saindo de Svitlodarsk, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images
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Biden diz a Putin que EUA vão reagir com “consequências severas” se Rússia invadir Ucrânia • Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images
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Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency/Getty Images