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    RJ: imagens do interior da boate mostram momentos após suposto estupro coletivo

    Seguranças do estabelecimento foram procurados após denúncia de sumiço de celular da vítima

    Isabelle Salemeda CNN

    Imagens exclusivas obtidas pela CNN mostram o momento em que a jovem que afirma ter sofrido um estupro coletivo dentro da boate Portal Club, no Rio de Janeiro, sai apressada da chamada “dark room”, uma sala reservada para casais no estabelecimento. Veja o material completo abaixo.

    No vídeo é possível ver também o rapaz com quem ela teria tido uma relação consensual passando logo depois da jovem. O caso ocorreu no último domingo (31) na Lapa, região central da capital fluminense.

    Veja o momento em que eles deixam a sala escura:

    Momento em que a estrangeira deixa a chamada dark room da boate no Rio de Janeiro
    Momento em que a estrangeira deixa a chamada dark room da boate no Rio de Janeiro / Reprodução

    Os dois se separam e a moça vai procurar as amigas. Na sequência, não há imagens mas os relatos são de que a estrangeira, de 25 anos, vai procurar um dos seguranças da casa noturna e é encaminhada à sala da gerência. 

    De acordo com o depoimento de um funcionário à Polícia Civil, num primeiro momento, a queixa da sul-americana seria o sumiço de um aparelho de celular. Ela e as amigas alegaram que o telefone poderia ter sido levado por um rapaz com quem ela teria tido relações sexuais na “dark room”.

    Nas imagens do circuito interno, é possível ver que o jovem foi identificado e levado até a sala da gerência. No local, ele conversa com a suposta vítima e as amigas e nega estar com o celular da moça.

    Em outro momento, a vítima é questionada se houve ou não abuso, uma vez que ela teria marcas pelo corpo. Muito nervosa, a moça relata que consentiu a relação sexual com rapaz. No entanto, que após isso acontecer, outras pessoas a teriam tocado. Veja o momento:

    Turista (no canto inferior direito) relata o ocorrido a funcionários da boate na sala da segurança / Reprodução

    No depoimento prestado pela gerente do estabelecimento aos policiais, ela afirma que a “dark room” é um espaço escuro e pequeno, de cerca de 3 metros, e que há apenas uma cama no local. Segundo a funcionária, um segurança fica do lado de fora da cortina que separa a sala. Ele é orientado a intervir apenas se houver algum pedido de ajuda. 

    Segundo o advogado da boate, Daniel Blanck, até então não havia monitoramento na entrada da “dark room”, mas, depois da denúncia, os equipamentos foram instalados.

    Veja o interior da sala onde teria acontecido a abuso denunciado pela turista:

    Outras câmeras mostraram o momento em que a jovem, ainda muito nervosa, deixa o estabelecimento acompanhada do segurança do local. De acordo com o defensor, eles saíram com o intuito de ir até a delegacia mais próxima para registrar o desaparecimento do celular. No entanto, a jovem teria desistido. O registro policial só foi feito na última terça-feira (3), na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que fica perto da casa noturna.

    De acordo com o relato da universitária, ela conheceu um brasileiro que a teria chamado para ir a um espaço mais reservado. Neste local, a chamada sala escura, a vítima relata ter sido estuprada sem qualquer chance de defesa por um número de homens que não consegue precisar, uma vez que, segundo sua versão, chegou a perder a consciência.

    Ainda não se sabe se a jovem foi dopada. Ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame e corpo de delito e também foi submetida a exames toxicológicos. 

    Em nota, a boate afirmou que está à disposição das autoridades para que os fatos sejam esclarecidos e que repudia qualquer forma de intolerância, opressão e qualquer forma de violência contra as mulheres. 

    Antes da universitária estrangeira ter denunciado o suposto estupro coletivo a Deam já havia recebido uma outra vítima que afirma ter sido abusada no mesmo local. Sobre o caso anterior, o advogado afirma que a casa noturna não foi informada sobre a denúncia. 

    A CNN tenta contato com os advogados da vítima. A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro informou que vai continuar acompanhando o caso.

    Em carta divulgada pela Comissão, a jovem disse que está de volta ao país de origem e que só quer descansar e esquecer o que passou na viagem pelo Brasil, que ela classifica como um pesadelo.

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