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    Butantan entrega 10 milhões de doses da Coronavac ao governo nesta quinta

    Imunizante será utilizado na vacinação de crianças entre 6 e 11 anos

    Giulia AlecrimTiago Tortellada CNN

    O governo de São Paulo anunciou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), que o Instituto Butantan entregará 10 milhões de doses da Coronavac ao governo federal nesta quinta-feira (17).

    Esse imunizante poderá ser utilizado na vacinação de crianças entre 6 e 11 anos contra a Covid-19, conforme liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aquelas imunossuprimidas ou que tenham cinco anos devem receber a vacina da Pfizer.

    Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, afirmou que o contrato com o governo federal foi assinado entre a noite de terça-feira (15) e a manhã de quarta (16).

    Covas também disse que nos próximos 15 dias devem completar o dossiê para solicitar à Anvisa a ampliação da autorização de aplicação da Coronavac para crianças entre 3 e 6 anos.

    Outra informação repassada pelo presidente do Butantan foi que a Sinovac afirmou estar desenvolvendo uma versão da Coronavac para a variante Ômicron e que deve iniciar estudos clínicos em Hong Kong neste mês.

    “Nos preparamos para fazer um braço do estudo aqui no Brasil”, disse Covas.

    São Paulo já vacinou 60% do público entre 5 e 11 anos com a primeira dose, o equivalente a 2.404.443 crianças.

    Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização, disse que o estado fará uma “Semana E” de vacinação para crianças nas escolas entre 19 a 25 de fevereiro.

    Ela informou que a partir de sexta-feira (18) será iniciada a aplicação de 2° dose da Coronavac em crianças em São Paulo.

    Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo, infromou que a taxa de ocupação de UTIs no estado é de 64% e 62,7% na Grande São Paulo. Ele comparou estes dados ao dia 1° de fevereiro, quando estes indíces eram de 73% e 75%, respectivamente.

    “Esses dados mostram que temos diminuição de casos: 4%; 23,2% no número de internações e leve incremento no número de óbitos”, disse.

    Gorinchteyn também afirmou que no hospital Emílio Ribas 86% dos pacientes que faleceram em decorrência da Covid-19 não haviam tomado a primeira dose ou completado o esquema vacinal.

    Butanvac

    Dimas Covas afirmou que o Instituto Butantan conversa com a Anvisa para que os estudos da fase dois da Butanvac sejam iniciados. Ele informou que a nova fábrica está na fase de instalação de equipamentos e que já são feitos estudos para que este imunizante inclua proteção contra a variante Ômicron do coronavírus.

    Tanto o funcionamento em base experimental da nova fábrica do Butantan quanto a autorização para iniciar a segunda fase dos estudos da Butanvac estão previstos para o 2° semestre de 2022.

    Quarta dose

    João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo, disse que o Comitê concorda com a posição do ministério da Saúde de que é necessário aumentar a cobertura vacinal com 2° e 3° dose e que os imunossuprimidos devam receber uma 4° aplicação.

    Ele disse então que os idosos serão considerados neste grupo de imunossuprimidos, pois há uma queda significativa na produção de anticorpos contra a Covid-19.

    “No dia 4 de abril começaremos a vacinação em cronograma que obedeça a faixa etária, de 90 anos para baixo, até os 60, que será incluído de acordo com a disponibilidade de vacinas”, disse Gabbardo.

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