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    Alta dos custos de habitação eleva inflação em geral na zona do euro, diz BCE

    BCE agora prevê a inflação em 3,2% neste ano, caindo para 1,8% em 2023

    da Reuters

    Os custos de moradia na zona do euro subiram acentuadamente no ano passado, impulsionados pela disparada nos preços dos imóveis na Alemanha somada à inflação alta em geral, mostrou um estudo do Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira (16).

    Custos de habitação são em grande parte excluídos dos números principais da inflação, mas o BCE prometeu no ano passado levar esse fator em conta mesmo antes de os dados oficiais poderem ser ajustados para refletirem melhor as mudanças reais de preços vivenciadas pelas famílias.

    Embora os custos da habitação não tenham registrado desvio significativo das mudanças gerais de preços ao longo de várias décadas, eles teriam impulsionado a inflação na maior parte da década passada e elevado a inflação no terceiro trimestre do ano passado em pouco mais de 0,3%.

    Mesmo com a inflação agora acima do dobro da meta de 2% do BCE, o banco manteve a política monetária especialmente expansionista, em meio à suposição de que a taxa inflacionária recuará abaixo da meta no próximo ano sem qualquer intervenção.

    O BCE agora prevê a inflação em 3,2% neste ano, caindo para 1,8% em 2023.

    “Os desdobramentos nos trimestres mais recentes são explicados principalmente pelo forte aumento na Alemanha”, disse o BCE em um artigo do Boletim Econômico.

    A inflação na zona do euro subiu para um recorde de 5,1% em janeiro, bem acima das expectativas, levando o BCE a abandonar sua promessa de não elevar os juros este ano e a preparar o terreno para encerrar as compras de dívida, base de sua política de estímulo nos últimos anos.

     

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