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    Reação ao encontro com Moro foi desproporcional, diz Renato Casagrande

    Reunião do governador do Espírito Santo com o ex-juiz da Lava Jato gerou críticas por parte do PT, com quem o PSB negocia uma federação

    Douglas Portoda CNN , em São Paulo

    O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou, nesta terça-feira (15), em entrevista à CNN, que a reação de membros do Partido dos Trabalhadores (PT) foi desproporcional após seu encontro com o ex-juiz e ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos).

    No fim de semana, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou à CNN que o gesto de Casagrande a Moro foi “uma sinalização muito ruim”. Sua avaliação é a de que, mais do que adversário político, Moro é algoz do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Moro não é um adversário e sim um inimigo. Inimigo da democracia e da Justiça”, disse.

    As críticas petistas ocorreram no momento em que PT e PSB negociam a formação de uma federação partidária. O PSB negocia a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para que ele seja candidato a vice-presidente na chapa de Lula.

    “De fato, a reação foi desproporcional ao objetivo do encontro, que foi para discutir temas do interesse do Brasil e do estado, sem compromisso. O PSB caminha muito bem a candidatura do presidente Lula. Esse deve ser o caminho do PSB na eleição nacional. Ainda não temos certeza do que vai acontecer, se terá federação ou não. Eu pessoalmente sou contra federação, não com o PT, mas de uma forma geral”, declarou Casagrande.

    Segundo Casagrande, a reunião com o ex-juiz foi apenas protocolar, pelo fato do partido de Moro, o Podemos, ser seu aliado no estado. “O secretário de Planejamento [Gilson Daniel Batista] é do Podemos e temos um senador aliado, deputados e prefeitos. É mais do que natural que, a pedido dele, eu pudesse receber o ex-ministro e pré-candidato Sergio Moro para uma conversa sobre o Brasil e para apresentar o Espírito Santo.”

    Entretanto, o gesto gerou reações imediatas dentro do PT, e segundo relatos feitos à CNN, poderia atrasar o apoio a Casagrande no estado. A articulação para que os petistas não indiquem candidatura própria está avançada.

    O atual governador, por sua vez, alegou que sua decisão sobre disputar a reeleição será definida entre maio e junho e que não pretende sair da legenda.

    “Eu liderarei um projeto no estado do Espírito Santo. Eu sou filiado a PSB já tem 34 anos e sou secretário-nacional. Em nenhum momento e em nenhuma hipótese passou pela minha cabeça ter algum projeto político, disputando eleição ou não, fora do PSB.”

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por todas as plataformas digitais.

    (*Com informações de Thais Arbex, da CNN)

     

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