Sem manifestações oficiais do governo, petistas e oposição comentam golpe de 64 em redes sociais
Presidente Lula recomendou que ministros não promovessem atos oficiais em memória ao golpe militar de 64
Diante da decisão do governo de não falar sobre o golpe de 1964, a disputa de versões foi parar nas redes sociais.
O senador e ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), contemporizou o golpe e afirmou que “em 31 março de 1964 a Nação se salvou a si mesma”.
A história não se apaga e nem se reescreve, em 31 de março de 1964 a Nação se salvou a si mesma!
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 31, 2024
Já a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, aproveitou a data para comentar a história do partido na luta pela democracia.
A parlamentar ressaltou ainda que “os fascistas, a extrema-direita e os poderosos interesses que moveram o golpe de 1964 precisam ser enfrentados todos os dias, porque seguem ameaçando o país, os direitos e as liberdades democráticas”.
Foi em defesa da democracia e dos direitos do povo que o PT foi criado em fevereiro de 1980. Hoje é dia de recordar o passado, para que não se repita, e celebrar a conquista da democracia no Brasil. Os fascistas, a extrema-direita e os poderosos interesses que moveram o golpe de…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 31, 2024
Até o início da tarde deste domingo (31), entre os ministros do Palácio do Planalto, apenas Paulo Pimenta (PT), da Secretaria de Comunicação Social, se manifestou.
“Ditadura Nunca Mais!! A esperança e a coragem derrotaram o ódio, a intolerância e o autoritarismo. Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias”, publicou o ministro.
Ditadura Nunca Mais !! A esperança e a coragem derrotaram o ódio, a intolerância e o autoritarismo. Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias. pic.twitter.com/96CiiWterf
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) March 31, 2024
A decisão do governo de não promover atos de memória do período da ditadura foi criticada por familiares de vítimas do golpe e por integrantes da sociedade civil.
A intenção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silvia (PT) é que data não fosse celebrada nos quartéis, nem lembrada pelo governo federal.
A avaliação de integrantes do Planalto é que Lula mantém o papel de “conciliação” ao optar pelo silêncio. Interlocutores dizem que Lula acredita que essas manifestações devem ser capitaneadas pela sociedade civil e não, pelo governo.