Djokovic diz que não vai aos Grand Slams se vacina contra Covid for obrigatória
"Entendo que não sendo vacinado hoje, não posso viajar para a maioria dos torneios no momento. Sim, esse é o preço que estou disposto a pagar", disse o atleta
Novak Djokovic está preparado para ficar de fora do Aberto da França e de Wimbledon se a vacinação contra a Covid-19 se tornar obrigatória nos Grand Slams, mas ele afirmou que não é contra a imunização.
Djokovic, que não está vacinado, foi impedido de competir no Aberto da Austrália deste ano, privando o sérvio de 34 anos da chance de se tornar o jogador de maior sucesso de todos os tempos, com 21 títulos de Grand Slam.
“Eu entendo as consequências da minha decisão”, disse Djokovic em entrevista à BBC, acrescentando que estava preparado para não viajar para a Austrália devido ao seu status de não vacinado.
“Entendo que não sendo vacinado hoje, não posso viajar para a maioria dos torneios no momento. Sim, esse é o preço que estou disposto a pagar.”
No momento, ainda não há certeza se o atleta será excluído de algum torneio. Entretanto, ele está inscrito no Indian Wells, que será disputado em março na Califórnia, nos Estados Unidos, que já anunciou que exigirá o comprovante de vacinação.
Em maio, ocorre o Roland Garros, um dos torneios mais importantes do esporte, e o ministro dos Esportes da França afirmou em janeiro que não haveria exceção da regra da obrigatoriedade da vacinação para o sérvio: “Agora, no que diz respeito a Roland Garros, é em maio. A situação pode mudar até lá e esperamos que seja mais favorável. Veremos, mas claramente não há isenção”, disse o ministério.
Ele foi deportado da Austrália após uma polêmica de 11 dias envolvendo dois cancelamentos de vistos, duas contestações judiciais e duas passagens em um hotel de detenção de imigrantes onde os requerentes de asilo são mantidos.
Djokovic disse que espera competir por “muitos anos mais”, mas acrescentou que a liberdade de escolher o que quer colocar em seu corpo é mais importante para ele do que qualquer título.
O sérvio, no entanto, se distanciou do movimento antivacina e disse que estava mantendo a mente aberta para tomar a vacina.
“Nunca fui contra a vacinação”, declarou ele, acrescentando que tomou vacinas quando criança. “Mas eu sempre apoiei a liberdade de escolher o que você coloca em seu corpo.”