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    Patinadora russa é liberada para competir nas Olimpíadas de Inverno apesar de doping

    Para o Tribunal Arbitral do Esporte, impedir Kamila Valieva, de apenas 15 anos, de competir "causaria danos irreparáveis ​​a ela nessas circunstâncias"

    Simone McCarthyda CNN

    A patinadora artística russa Kamila Valieva, de apenas 15 anos, foi liberada para continuar competindo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, decidiu o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) nesta segunda-feira (14).

    O CAS anunciou sua decisão após uma audiência de uma hora e deliberações subsequentes no domingo (13) para decidir se a estrela olímpica deve ser autorizada a competir após um teste de doping reprovado em dezembro.

    O Comitê Olímpico Internacional (COI), a União Internacional de Patinação (ISU) e a Agência Mundial Antidoping (WADA) apelaram da decisão da Agência Antidoping da Rússia de anular uma suspensão provisória imposta a Valieva quando a notícia do teste veio à tona.

    O CAS disse em comunicado que decidiu que Valieva pode competir devido a “circunstâncias excepcionais”, incluindo disposições específicas relacionadas ao seu status de “pessoa protegida” sob o Código Mundial Antidoping, por ser menor de idade.

    A cláusula permite “disposições específicas para diferentes padrões de prova e para sanções mais baixas”. O Tribunal também observou que Valieva não testou positivo durante os Jogos Olímpicos de Inverno. Ao tomar a decisão, o painel considerou “princípios fundamentais de justiça e proporcionalidade”, disse o comunicado.

    Concluiu “que impedir a atleta de competir nos Jogos Olímpicos causaria danos irreparáveis ​​a ela nessas circunstâncias”. A decisão libera a atleta de 15 anos para competir no programa curto da competição de simples feminino nesta terça-feira (15), em que é favorita ao ouro.

    A Agência Mundial Antidoping (WADA) disse à CNN que também investigará a comitiva de Valieva. “Quando um menor está envolvido, há uma exigência no Código Mundial Antidoping para investigar a comitiva”, disse em comunicado.

    A patinadora já conseguiu competir nos Jogos porque o teste reprovado só veio à tona depois que ela ajudou o Comitê Olímpico Russo (ROC) a conquistar o ouro no evento por equipes de patinação artística na última segunda-feira, 7 de fevereiro.

    O escândalo continua a atrasar a entrega de medalhas para as três equipes, incluindo prata para a equipe dos EUA e bronze para a equipe do Japão.

    A decisão do CAS apenas determinou se a patinadora artística pode competir em Pequim, deixando a questão da medalha de ouro do evento por equipes para ser decidida posteriormente, disse o porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams.

    “(As medalhas) não serão resolvidas por esta decisão. Isso provavelmente não será resolvido durante os Jogos”, disse Adams a repórteres.

    Abordando o futuro de Valieva antes do anúncio da decisão do CAS, Adams disse que o caso contra ela continuará porque não confirma ou refuta a acusação de doping e haverá um “procedimento em andamento”.

    Adams também confirmou à CNN que, se Valieva ganhar um lugar no pódio na terça, é provável que uma cerimônia de medalha ocorra como planejado, mas que a medalha ainda pode ser revogada em uma data posterior.

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