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    Em 9 anos, uma das principais vias do RJ registrou 3 mil acidentes com vítimas

    Um novo Sistema Integrado de Controle e Emergência passa a funcionar na Avenida Brasil

    Isabelle Salemeda CNN

    Nos últimos nove anos, em uma das principais via expressas do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil, foram registrados mais de 3 mil acidentes com vítimas. De acordo com a CET-Rio, apesar de o tempo médio de espera por socorro em situações de emergência ser de sete minutos, em 3,4% das ocorrências acabam acontecendo mortes em virtude das colisões.

    Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Brasil é a maior via expressa em extensão da cidade e também do país. Com 58 quilômetros de extensão, ela passa por 27 bairros da capital fluminense. Entre 2015 e 2024, no entanto, de acordo com a prefeitura, foram mais de 15 mil ocorrências. Além disso, 236 veículos foram incendiados. Números que preocupam.

    Com o objetivo de melhorar o fluxo do trânsito, diminuir congestionamentos e acidentes, a partir deste sábado (30) entra em operação, além do Corredor de BRT TransBrasil, o novo Sistema Integrado de Controle e Emergência da via expressa.

    Com isso, a Brasil ganhará novos equipamentos, sinalizações, além do aumento da força de trabalho. Do Centro de Operações Rio (COR) vários órgãos municipais, como CET-Rio, Mobi-Rio, Secretaria de Conservação, Comlurb, Secretaria de Ordem Pública (Seop) e Guarda Municipal, vão atuar em conjunto.

    “Centro de Operações, terá uma coordenação específica para a Avenida Brasil. Estamos implantando diversas câmeras na Avenida Brasil, num total de 186 câmeras. O trecho entre o Terminal Deodoro e o Terminal Gentileza será completamente monitorado por vídeo, os guardas municipais poderão aplicar qualquer tipo de multa utilizando as câmeras”, explicou o chefe-executivo do COR, Marcus Belchior.

    De acordo com a nova operação, a CET-Rio ainda passará a contar com reforço de equipes e reboques em suas duas bases operacionais na Avenida Brasil na zona norte: uma localizada em Benfica, e a outra em Irajá, na altura do Trevo das Margaridas, que foi instalada prevendo o aumento de demandas com o fim das obras e permitindo uma melhor distribuição dos recursos e otimização dos deslocamentos das equipes ao longo de toda a via.

    A operação passará a contar com 35 operadores de trânsito, 18 motocicletas, nove veículos operacionais e um caminhão munck. Também estarão disponíveis 16 reboques para rápida desobstrução da via em caso de qualquer necessidade. Até julho, haverá um acréscimo tanto de equipamentos, como a utilização total de 25 reboques e 29 motocicletas, quanto da força de trabalho.

    Os reboques ficarão distribuídos ao longo da via em posições estratégicas, próximos dos pontos onde há o registro de maior quantidade de ocorrências com base nos dados de atendimentos realizados, o que permitirá uma otimização no tempo de deslocamento desses veículos.

    As ações de monitoramento serão intensificadas através de rondas dos motociclistas e picapes, permitindo rápida identificação de qualquer ocorrência que possa interferir na fluidez no trânsito e imediato acionamento dos recursos necessários, como os reboques por exemplo.

    Outra medida é a instalação de ampla sinalização vertical e horizontal, como pintura das pistas e instalações de placas, segregadores e pictogramas, com o objetivo de orientar os condutores sobre quais veículos são autorizados a transitar sobre o pavimento rígido (concreto), os limites de velocidade em cada trecho, e todas as informações necessárias para orientar os motoristas. Faixas e painéis de mensagens variáveis também irão reforçar a comunicação informando sobre as alterações viárias.