Ataque israelense no Líbano atinge veículo com membros da ONU, dizem fontes
Bombardeio no sul do país teria ferido pacificadores de missão da organização; porta-voz das Forças de Defesa de Israel nega o ocorrido
Um ataque israelense atingiu neste sábado (30) um veículo que transportava membros de missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) fora da cidade fronteiriça de Rmeish, no sul do Líbano, ferindo vários deles, disseram duas fontes de segurança à Reuters.
Um projétil explodiu perto dos pacificadores enquanto realizavam uma patrulha a pé, segundo a ONU, que disse estar investigando a origem da explosão. Segundo a missão, quatro membros ficaram feridos.
O porta-voz dos militares israelenses, Avichay Adraee, negou que as forças israelenses tenham atingido um veículo pertencente à missão de paz da ONU no sul do Líbano, conhecida como Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês).
“Ao contrário dos relatos, as FDI [Forças de Defesa de Israel] não atacaram um veículo da UNIFIL na área de Rmeish esta manhã”, disseram os militares.
A UNIFIL disse que atacar as forças de manutenção da paz é “inaceitável”.
Uma das fontes de segurança disse que o carro transportava três observadores técnicos da ONU e um tradutor libanês. Essa fonte, e uma segunda fonte de segurança, disseram que o ataque israelense deixou todos feridos.
Israel tem negociado fogo com o grupo armado libanês Hezbollah no sul do Líbano durante quase seis meses, paralelamente à guerra na Faixa de Gaza.
O bombardeio de Israel ao Líbano matou quase 270 combatentes do Hezbollah, mas também matou cerca de 50 civis – incluindo crianças, médicos e jornalistas – e atingiu tanto a UNIFIL como o exército libanês.
Em novembro, a UNIFIL disse que uma das suas patrulhas foi atingida por tiros israelenses no sul do Líbano, sem deixar vítimas.
A UNIFIL afirmou no mês passado que os militares israelenses violaram o direito internacional ao disparar contra um grupo de jornalistas claramente identificáveis, matando um jornalista da Reuters.
(Com informações de Maayan Lubell e Maya Gebeily)