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    Estudantes prejudicados pela pandemia não estão fadados ao fracasso, diz especialista

    À CNN Rádio, Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do Todos Pela Educação, destacou que é possível recuperar a defasagem de ensino dos últimos dois anos

    Amanda GarciaBruna Salesda CNN , em São Paulo

    O líder de política educacionais do Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, avalia que não se pode tratar a porcentagem de estudantes prejudicados pela pandemia como se estivessem “fadados ao fracasso.”

    “Não são efeitos mitigados em poucos meses, demoraremos alguns anos [para recuperar], mas é possível enfrentar esses desafios. Pode demorar 2, 3 anos, mas podemos recuperar”, afirmou, em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN Educação.

    Uma nota técnica do Todos Pela Educação indica que o número de crianças de 6 e 7 anos no Brasil que não sabem ler e escrever cresceu 66,3% de 2019 para 2021.

    “Os dados esses dados trazem mais evidências de como os impactos da pandemia têm sido graves e fortes, de forma desigual, atingindo mais estudantes negros e mais pobres, é importante jogar luz nesse problema porque está na mão do público implementar ações que nos permitam superar esses efeitos”, analisou.

    De acordo com Gabriel Corrêa, o primeiro passo é trazer as crianças de volta para as escolas. “Mas não basta elas estarem nas escolas, é preciso restabelecer os vínculos com os estudantes, identificar quem são os que não aprenderam a ler e escrever.”

    A partir daí, segundo o especialista, será preciso desenvolver programas específicos para cada uma delas, com reforço, materiais didáticos e professores específicos, além de mais tempo nas escolas.

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