Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Mercados operam com cautela à espera de dado de inflação nos EUA

    Mercados globais seguem cautelosos com dados de inflação ao consumidor nos EUA; no Brasil, dados do setor de serviços são destaque

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    Os mercados globais operavam com cautela na manhã desta quinta-feira (10) à espera da divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos. No Brasil, investidores digerem os dados do setor de serviços, divulgados mais cedo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    Começando pelo exterior, os índices futuros americanos operam em leve queda. Os investidores estão cautelosos à espera do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) que saí às 10h30. O CPI é o indicador mais observado pelo banco central americano (FED, na sigla em inglês) para tomar decisões sobre juros.

    Ontem, os bons resultados de empresas mais uma vez impulsionaram os índices, com destaque para a Disney, que subiu 9% depois do balanço forte.

    Além de juros e balanços, a Ohmresearch avalia que a situação na Ucrânia é o principal gatilho para o mercado hoje. Se alguma solução ao problema for desenhada, poderia trazer um alívio para a inflação e elevar as previsões de crescimento.

    Porém, se o conflito continuar, o petróleo poderia bater os US$ 120, colocando o mundo num estado de estagflação — inflação alta e crescimento baixo.

    Na Europa, os índices operam entre altas e baixas seguindo Nova York. Por lá, os mercados de juros precificam um primeiro aumento da taxa do Banco Central Europeu (BCE) em junho. Isso acontece depois que a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse na semana passada que um aumento da taxa em 2022 é uma possibilidade.

    Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, seguindo a recuperação de ontem nos Estados Unidos. A Evergrande anunciou que vai entregar 600 mil apartamentos em 2022 e ajudou a impulsionar os índices.

    Brasil

    No Brasil, os índices de setor e serviços foram divulgados pelo IBGE nesta manhã. O setor subiu 1,4% em dezembro, levemente acima da acima da expectativa do mercado, que esperava um avanço de 0,9%. Com esse resultado, o setor fecha 2021 com um crescimento de quase 11%, o maior desde o início da série história, em 2012.

    O mercado deve melhorar as expectativas do PIB (Produto Interno Bruto) fechado do quarto trimestre de 2021 e também do ano de 2021 fechado. A Necton Investimentos destaca que a forte recuperação dos setores que sofreram muito com a pandemia ficou evidente nos resultados, como é o caso no setor de turismo.

    Por outro lado, a MB Associados destaca que existem desafios pela frente, com a variante Ômicron as atividades no começo de 2022 e também com os juros e inflação em alta.

    Ontem, investidores precificaram mais aumento de juros no curto prazo, com dados de inflação mostrando alta espalhada em vários itens. A fala do diretor do Banco Central (BC), que disse que o ciclo de alta de juros vai se estender por um par de reuniões, pelo menos.

    A alta de juros no país continua atraindo recursos estrangeiros e ajuda a reduzir a cotação do dólar, que ontem fechou em R$ 5,22, menor patamar em 5 meses.

    Entre as empresas, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, com restrições, a compra da Oi Móvel por Claro, Tim e Vivo.

    Depois dos resultados do Bradesco terem derrubado as ações de bancos hoje, o mercado volta as atenções ao balanço do Itaú, depois do fechamento da bolsa.

    O Ibovespa tem uma leve alta de 0,3% operando aos 112.974 pontos. O dólar tem queda de 0,54%, sendo cotado a R$ 5,22 e o S&P 500 futuro tem uma leve queda de 0,06%.

    Agenda do Dia

    No Brasil, além dos dados de serviços, a temporada de balanços segue com Itaú e Multiplan após o fechamento da bolsa.

    Lá fora, a atenção fica voltada para o discurso dos membros do BCE e da Inglaterra. Nesta manhã de quinta ainda tem decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Nos EUA, além do CPI, dados de seguro-desemprego, resultado fiscal devem ser divulgados. Entre os balanços, destaque para Coca-Cola e Pepsico.

    Tópicos