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    Tribunal da ONU ordena que Israel tome medidas para garantir que alimentos entrem em Gaza

    Tribunal pontuou que fome está se instalando no território palestino, não sendo "apenas" um risco

    Da Reuters

    A Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou nesta quinta-feira (28) por unanimidade que Israel tome todas as medidas necessárias e eficazes para garantir o fornecimento de alimentos básicos à população palestina na Faixa de Gaza e impedir a propagação da fome.

    O tribunal disse que os palestinos enfrentam condições de vida cada vez piores e que a fome estão se espalhando.

    “O tribunal observa que os palestinos em Gaza já não enfrentam apenas o risco de fome (…) mas que a fome está se instalando”, afirmaram os juízes no despacho.

    As novas medidas foram solicitadas pela África do Sul como parte do seu caso em curso que acusa Israel de genocídio liderado pelo Estado em Gaza.

    Entretanto, os líderes do Hamas em Gaza disseram que era necessário um cessar-fogo para enfrentar a crise humanitária.

    Basem Naim, integrante de alta patente do grupo armado, ressaltou que a decisão não foi longe o suficiente e que Israel deve receber ordens de encerrar sua ofensiva militar para encerrar o sofrimento.

    “Acolhemos com satisfação quaisquer novas exigências para acabar com esta tragédia humanitária em Gaza e especialmente no norte da Faixa de Gaza, mas esperávamos que o tribunal ordenasse um cessar-fogo como uma solução absoluta para todas as misérias que o nosso povo em Gaza está vivendo”, pontuou Naim à Reuters.

    A ordem da CIJ acontece enquanto forças israelenses e forças palestinas travam combates em torno do Hospital Al Shifa, o maior de Gaza, onde os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica disseram ter atacado soldados e tanques israelenses com foguetes e morteiros.

    Não houve comentários imediatos do Ministério das Relações Exteriores de Israel sobre a decisão do Tribunal da ONU. Israel disse que está a fazendo esforços para expandir o acesso de grupos humanitários a Gaza por via terrestre, além de lançamentos aéreos e por navio.

    Os líderes israelenses ponderaram que o Hamas pode acabar com a guerra se rendendo, libertando todos os reféns que mantém em Gaza e entregando a julgamento os envolvidos no ataque de 7 de outubro.

    O exército israelense comentou que continua operando em torno do complexo do Hospital Al Shifa, na cidade de Gaza, depois de invadi-lo há mais de uma semana.

    Suas forças anunciaram que mataram cerca de 200 homens armados desde o início da operação, “enquanto preveniam danos a civis, pacientes, equipes médicas e equipamentos médicos”, afirmou.

    Em declaração televisionada, o principal porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que as tropas que operavam no hospital mataram Raed Thabet, um intendente do Hamas que ele descreveu como um dos 10 membros mais importantes do grupo.

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