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    Problema do racismo no esporte só será resolvido com debate, diz ex-goleiro Aranha

    À CNN Rádio, o ex-atleta, que foi vítima de racismo, afirmou que as redes sociais e as câmeras ajudaram a denunciar os casos

    Amanda GarciaTalita AmaralLetícia Vidicada CNN , São Paulo

    Em 2014, o então goleiro do Santos Mário Aranha foi vítima de racismo por uma torcedora do Grêmio. Ele denunciou o caso e se tornou uma voz contra o racismo no esporte.

    Na última semana, dois casos foram registrados contra os jogadores Gabigol, do Flamengo, e Vitinho, formado na base do São Paulo.

    Em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN no Plural, Aranha afirmou que “não existe maneira melhor de resolver o problema do que falando sobre ele, é preciso ter essa conversa.”

    O ex-atleta lembrou que o Brasil “sempre se negou” a falar sobre o tema: “Apesar de todo mundo saber que exista, todo mundo conhecer um racista, os próprios brasileiros não conhecem a história”.

    “O meu caso ‘tirou a poeira do tapete’ para debater sobre um problema que existia há muito tempo”, completou.

    Para o ex-goleiro, as redes sociais e a presença de câmeras ajudaram a denunciar, cada vez mais, as ocorrências racistas.

    “As pessoas sempre me perguntam sobre o episódio na Arena do Grêmio como se fosse o único, mas não foi, mas não tinha apoio das câmeras para questionar”, lamentou.

    Na avaliação de Aranha, o Brasil é “um país adolescente”, em que tudo é muito novo, como a democracia, fim da escravidão, com sequelas deste período triste.

    “O que não pode acontecer é participar desses atos de racismo, homofobia, qualquer ato de desrespeito e não fazer nada, durante muito tempo, população negra aceitava brincadeiras e xingamentos, a lei contra o racismo é muito nova”, defendeu.

    Ele reforçou que é preciso mudar a mentalidade da população, justamente para que racistas sejam denunciados com mais frequência.

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