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    Não é possível dizer que atingimos pico da inflação neste ano, avalia economista

    À CNN Rádio, Rodolfo Tobler afirmou que desaceleração registrada em janeiro não deve se repetir em fevereiro

    Amanda Garcia, com produção de Bel Camposda CNN em São Paulo

    A desaceleração da inflação, que foi de 0,54% em janeiro ante 0,73% no mês anterior, não deve ser tendência nos próximos meses. Esta é a avaliação do economista do FGV IBRE, Rodolfo Tobler.

    A taxa foi medida pelo IPCA e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

    Em entrevista à CNN Rádio, ele disse que ainda “não podemos afirmar que tenhamos chegado ao pico da inflação” e que o resultado mais negativo pode vir em fevereiro e março.

    O economista destacou que o IPCA foi caracterizado por um “espalhamento da inflação”.

    “Houve alta em quase todos os grupos, somente combustíveis, teve até deflação, mas se lembrar que houve reajuste para baixo da Petrobras em janeiro que já voltou a subir”, disse.

    Outro fator relevante, de acordo com Rodolfo, foi o setor de alimentos. “A alta nos preços dos alimentos afeta diariamente o dia a dia das famílias, são compras de supermercado e pressionam o orçamento das famílias.”

    Neste momento, Rodolfo reforça que é um “momento delicado” para a economia: “A inflação elevada, atividade econômica desacelerando, dados frágeis da indústria. Há projeções que já colocam a taxa de juros acima de 12%.”

    “Tendência é de que os juros sigam em alta, e, por isso, o crédito será complicado, porque deve aumentar o custo”, completou.

    Os desafios para 2022, para Tobler, são ainda maiores quando, além dos marcadores econômicos, se leva em consideração as incertezas com a pandemia e eleições.

    “Será preciso cautela para enfrentar este ano.”

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