Suspeitos de mandar matar Marielle, irmãos Brazão são transferidos de presídio
Chiquinho e Domingos estavam presos na Penitenciária Federal de Brasília
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados pela Polícia Federal (PF) como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, estão sendo transferidos para outros presídios federais. Os dois estavam presos na Penitenciária Federal de Brasília.
Chiquinho deve ser transferido para Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Já Domingos Brazão vai ser levado para o presídio de Porto Velho, em Rondônia.
O delegado Rivaldo Barbosa, preso na mesma operação por atrapalhar as investigações, será mantido em Brasília.
Entenda
Os três foram presos no domingo (24), no Rio de Janeiro, alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro;
- Chiquinho Brazão, deputado federal e vereador à época do crime;
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ que comandou as investigações por um período.
Na segunda-feira (25), a primeira turma do STF confirmou, por unanimidade, a decisão que levou a prisão dos suspeitos de arquitetar e ordenar os assassinatos.
Na terça-feira (26), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados começou a analisar a prisão de Chiquinho Brazão.
O deputado federal Darci de Matos (PSD-SC) apresentou parecer favorável para que a Câmara mantenha a prisão do deputado.
“Considerando presentes os requisitos constitucionais do flagrante e da inafiançabilidade, além de estar adequadamente fundamentada, meu voto é pela preservação da eficácia da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, referendada, à unanimidade, pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal”, argumentou.
Por videoconferência, Brazão se defendeu das acusações. Disse que tinha uma boa relação com Marielle Franco. Após a leitura do relatório, porém, três deputados pediram vista do caso, ou seja, mais tempo para discutir a matéria.
Esse prazo é de duas sessões plenárias da Câmara. Por conta do feriado de Páscoa, porém, o caso deve ficar para as próximas semanas.