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    Para FMI, pressão inflacionária deve diminuir na Europa, mas há riscos de alta

    Choque inflacionário na zona do euro é "exógeno", disse o diretor do Departamento de Europa, Alfred Kammer

    , em São Paulo

    O diretor do Departamento de Europa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alfred Kammer, afirmou que a pressão de alta vista na inflação na Europa deve diminuir, à medida que os preços de energia e os gargalos na cadeia global de suprimentos arrefecerem e a demanda no continente se reequilibrar do setor de bens de consumo para serviços.

    De acordo com ele, o choque inflacionário na zona do euro é “exógeno”, mas pode se estender caso os preços de energia não reduzirem e as cadeias globais seguirem enfrentando dificuldades por conta de restrições relacionadas à Covid-19.

    “A pandemia não acabou, então esse é um risco a ser observado”, disse Kammer, destacando a política sanitária restritiva na China.

    Outro risco de alta para a inflação europeia é a possibilidade de que a população do continente gaste de forma acelerada suas economias feitas ao longo da crise.

    Embora “improvável”, o movimento aumentaria o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2%, e a inflação em 0,5% ao ano.

    Quanto à atividade no bloco, o FMI espera crescimento do PIB de 3,9% em 2022, projeção que foi revisada para baixo recentemente – de 4,3% anteriormente – por conta do impacto da variante Ômicron do coronavírus, disse Kammer.

    Segundo ele, a economia europeia vai ultrapassar a tendência de crescimento anterior à pandemia em 2025, mas a retomada deve ser desigual, com economias fortes no setor de serviços ficando para trás.

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