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    Por incertezas, BC diz não sinalizar magnitude dos próximos ajustes da Selic

    Informação está na ata da 244ª reunião do Copom, publicada nesta terça-feira (8)

    Anna Russida CNN Brasília

    Apesar de ter admitido que os próximos ajustes terão ritmo menor, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por não sinalizar de quanto deverá ser a próxima alta da taxa básica de juros, Selic. Segundo o BC, tal decisão se deve às incertezas quanto preços de ativos e commodities.

    A informação está na ata da 244ª reunião do Copom, publicada nesta terça-feira (8). Na reunião da semana passada — quando o comitê anunciou alta de 1,5 ponto na Selic, que foi a 10,75% ao ano –, o colegiado considerou a reversão da queda do preço de commodities no fim do ano, com o ambiente global de preços mais pressionados.

    “A incerteza particularmente elevada sobre preços de importantes ativos e commodities, assim como o estágio do ciclo, fez o Comitê considerar mais adequado, neste momento, não sinalizar a magnitude dos seus próximos ajustes”, diz o documento.

    O Copom observou inflação elevada e disseminada ao consumidor, bem como mais persistente do que o antecipado. Assim, para o Comitê, há maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado, uma vez que a incerteza em relação ao arcabouço fiscal segue mantendo elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação.

    “Esmorecimento no esforço de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, ressalta.

    Ainda de acordo com a ata, foi considerado que até políticas fiscais que tenham efeitos baixistas sobre a inflação no curto prazo podem causar deterioração nos prêmios de risco, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, um efeito altista na inflação prospectiva.

    Logo, o último ajuste foi considerado o mais adequado para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e, em grau maior, de 2023