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    Concessão de quiosque onde congolês foi morto ficará com a família até 2030

    Local também será um memorial à vítima; espaço também será um local de celebração da cultura do povo africano

    Beatriz Puenteda CNN , no Rio de Janeiro

    A prefeitura do Rio de Janeiro formalizou, nesta segunda-feira (7), a concessão dos quiosques Tropicália e Biruta para a família do congolês Moïse Kabagambe.

    O documento que concede a permissão para exploração dos estabelecimentos até o ano de 2030 foi entregue à família durante uma reunião com representantes da concessionária que administra os quiosques, o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, e o prefeito Eduardo Paes.

    O espaço também será um local de celebração da cultura do povo africano e memorial para Moïse.

    “Desde o início nós entendíamos que um crime tão brutal não poderia ser tratado como se fosse algo normal ou corriqueiro na nossa cidade. Entendemos que isso poderia se juntar à presença da própria família do Moïse ali. Devemos lembrar as pessoas do crime que aconteceu ali”, afirmou o prefeito.

    Segundo a carta compromisso entregue pela Orla Rio, concessionária que administra os quiosques, e a prefeitura, o estabelecimento Biruta ainda está envolvido em um processo judicial envolvendo o dono e um sublocatário do espaço. Já o Tropicália será entregue imediatamente aos familiares da vítima.

    A Orla Rio também afirmou que oferecerá suporte jurídico, legal e burocrático para abertura e operacionalização do ponto comercial. Outro objetivo do empreendimento é a realização de um projeto social de formação e capacitação de imigrantes e refugiados.

    O jovem congolês de 24 anos foi brutalmente assassinado há duas semanas após cobrar duas diárias de trabalho, no valor total de R$ 200.

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