Caso Marielle: delegado Giniton Lages coloca tornozeleira eletrônica
Comissário de Polícia Civil, conhecido como Marquinhos DH, também instalou o equipamento de monitoração
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O delegado Giniton Lages, de 49 anos, e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto, conhecido como Marquinho DH, de 60, já estão com a tornozeleira eletrônica. Os dois foram até a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), no centro do Rio de Janeiro, para instalar o equipamento de monitoração nesta segunda-feira (25).
Alvos de busca e apreensão na ação da Polícia Federal do último domingo (24), que prendeu três mentores intelectuais responsáveis pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018, os dois não tiveram a prisão decretada. No entanto, foram submetidos a medidas cautelares.
A PF pediu a suspensão do exercício de função pública e da posse de arma de fogo do policiais, que também ficam proibidos de frequentar determinados lugares e de ter contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores e deve comparecer periodicamente ao juízo, além de serem obrigados a entregar o passaporte às autoridades. Tudo para minimizar o risco de fuga ou de obstrução das investigações.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, o delegado e o comissário de polícia, que chefiou a investigação do caso Marielle, não somente se abstiveram de promover diligências frutíferas para a investigação, mas também sabotaram o trabalho apuratório. Tudo sob comando do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, preso acusado de planejar o crime.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que a Corregedoria-Geral (CGPOL) da instituição instaurou inquérito para apurar as condutas dos três servidores.
O último informe de rendimentos do delegado, publicado no portal da transparência do Governo do Estado do Rio, mostrou que em fevereiro ele recebeu mais de R$ 26 mil da Polícia Civil. A folha de pagamentos de Marquinhos não foi encontrada no site.
O que dizem os investigados
Em nota enviada à CNN, o delegado Giniton Lages afirmou que, durante o tempo em que presidiu o Inquérito Policial que apurou as mortes da vereadora Marielle e do motorista Anderson, realizou todas as diligências necessárias à elucidação do caso. “Friso que em nenhum momento qualquer suspeito ou linha de investigação foi afastada. E jamais seria”, disse.
A CNN tenta contato com Marquinho DH.