“PEC tem convergência com o que apresentaram governadores”, diz senador
À CNN, senador Carlos Fávaro falou sobre Proposta de Emenda Constitucional dos Combustíveis apresentada nesta quinta-feira (3)
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (4), o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) falou sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa alterar o preço dos combustíveis e que foi apresentada nesta quinta-feira (3). A proposta autoriza União, estados e municípios a reduzirem o preço dos combustíveis, do gás de cozinha e da energia elétrica até 2023, sem a necessidade de apresentar uma fonte de compensação.
O projeto foi considerado por integrantes do Ministério da Economia como “kamikaze” e “suicida”. O impacto estimado pela equipe econômica é de pelo menos R$ 100 bilhões, o que levaria a um desarranjo fiscal e alta do dólar e dos juros.
“A prova de que não é kamikaze, não é suicida, é que o mercado financeiro compreendeu. Nós aprofundamos sim nossa proposta, mas não é divergente, é convergente com todas as propostas, a própria proposta que está tramitando na Câmara dos Deputados, que libera os governadores se quiserem desonerar os combustíveis; também tem uma certa convergência com aquilo que o Fórum dos Governadores apresentou, como considerar um fundo garantidor para a estabilidade”, disse Fávaro à CNN.
Carlos Fávaro conseguiu nesta sexta-feira as 27 assinaturas regimentais para dar início à tramitação da PEC; parlamentares do Centrão e até o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), carimbam a proposta alternativa ao texto que seria enviado pelo Palácio do Planalto.
“Estamos trabalhando com responsabilidade em um dos dois temas mais importantes para o Brasil, que é a Ômicron e o preço dos combustíveis, que afeta a vida do cidadão, o preço dos alimentos e dos transportes. As bolsas fecharam com alta e as ações da Petrobras com alta também, dando coerência ao projeto”, disse o senador.
*Com informações de Caio Junqueira e Gabriela Vinhal, da CNN