Marcos Fava Neves: Corremos o risco de vir uma nova adversidade climática
Especialista CNN em agronegócio afirma que o clima não está ajudando para que haja a mesma exportação do ano passado
O clima tem dificultado o lucro dos produtores rurais, que registram perdas nas plantações, principalmente por conta de questões climáticas. O Especialista CNN em agronegócio Marcos Fava Neves comentou, nesta sexta-feira (4), sobre a perspectiva para este ano.
Para Marcos, a grande questão é saber se a safra de 2021/22 vai entregar o mesmo valor de exportação que entregou a de 2020/21.
“Nós começamos animados em setembro e outubro do ano passado, porque a área de plantio foi recorde, e havia previsão para clima favorável”, afirmou.
No entanto, o início deste ano apresentou um clima de muita seca no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Mato Grosso, o que prejudicou a soja. Pessoas que estavam esperando colher 60 sacas por hectare estão colhendo oito.
Perder 25 milhões de toneladas de soja por causa do clima equivale a meia Argentina. Terminamos o primeiro tempo com problema
Marcos Fava Neves
Na região Centro-Oeste houve o inverso. A chuva excessiva e poucos dias de sol dificultaram o enraizamento e o crescimento das plantações.
Marcos explicou que a expectativa era ter 300 milhões de toneladas de grãos no Brasil, mas que agora o setor espera por volta de 130.
“No ano passado, a seca veio no segundo tempo. Perdemos a cana, o milho, o café e a laranja. Ainda corremos o risco de vir uma nova adversidade climática”, disse o especialista.
Se o clima melhorar na segunda safra, no entanto, há chances de o número de exportações empatar ou superar o ano passado, por causa do aumento dos preços.
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