Jovem que morreu durante encontro com jogador do Corinthians não tinha sinais de violência, mostra laudo
Caso segue sendo investigado pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, na zona leste da capital paulista
A jovem de 19 anos que morreu durante um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, da equipe sub-20 do Corinthians, em janeiro deste ano, não tinha nenhum sinal de violência no corpo, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O caso aconteceu na noite do dia 30 de janeiro, no apartamento do jogador, na zona leste de São Paulo. Segundo Dimas, a garota passou mal após uma relação sexual e desmaiou. Ela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu no hospital.
Além da informação de que a jovem não apresentava fraturas nem sinais de violência, o laudo aponta ainda que não foram encontrados vestígios de drogas nem de bebida alcoólica no sangue dela. Outra informação é de que não havia esperma no corpo, o que confirma o uso de camisinha relatado pelo jogador em depoimento.
Apesar disso, a investigação segue em andamento na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher. De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão na reta final e o caso continua sendo tratado como morte suspeita.
O advogado de Dimas, Tiago Lenoir, afirmou que prefere não comentar o resultado do laudo antes da conclusão do inquérito com o relatório final das investigações.
O caso
A jovem de 19 anos morreu durante um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, do sub-20 do Corinthians. O caso aconteceu na noite de 30 de janeiro deste ano, no apartamento do jogador, na zona leste de São Paulo. Segundo o pai da moça, ela tinha um corte de cerca de cinco centímetros na região genital.
A defesa do jogador diz que a relação sexual entre eles foi consensual.
Em depoimento na delegacia, Dimas afirmou que conheceu a garota pelas redes sociais e que eles marcaram um encontro no apartamento dele. Segundo ele, foi a primeira vez que se viram.
O atleta afirmou que eles não beberam e nem consumiram nenhum entorpecente e que, durante o ato sexual, a jovem teria desmaiado. Ele teria visto sangue na região íntima dela e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que orientou que ele realizasse massagem cardíaca na garota até a chegada da ambulância.
Após isso, Dimas foi junto com o resgate até o hospital e os familiares da jovem foram avisados por uma enfermeira do Samu de que precisavam ir até o local.
No hospital, os médicos disseram à família que a moça tinha sofrido três paradas cardiorrespiratórias e que havia perdido muito sangue, mas que tinham conseguido estabilizar seu quatro e estancar o corte. Porém, algum tempo depois, ela sofreu mais uma parada, que a levou a óbito.
O pai da garota afirma que conversou com o médico, que não soube informar se o corte que ela tinha na vagina teria sido provocado pelo atrito do ato sexual ou por algum objeto.
Em nota, o Sport Club Corinthians Paulista afirmou estar ciente dos acontecimentos, que aguarda a investigação dos fatos e que está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias.