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    Justiça decreta prisão de três indiciados pela morte de congolês no Rio

    Moïse foi vítima de espancamento, no último dia 24, em um quiosque na Barra da Tijuca

    Stéfano SallesRafaela Larada CNN , no Rio de Janeiro e em São Paulo

    A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta quarta-feira (2), a prisão dos três indiciados pela morte do congolês Moïse Kabamgabe.

    A prisão foi determinada pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do plantão judiciário da capital.

    A decisão determina a prisão de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”; Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”; e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”, pela participação na morte do congolês, vítima de espancamento, no último dia 24, em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

    Eles foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento a pedaços de pau.

    Os criminosos desferiram ao menos 30 golpes de cabos de madeira, boa parte enquanto o congolês estava no chão, indefeso. A vítima ainda teria sido amarrada com uma corda por um dos indiciados.

    Na decisão, a magistrada diz que, de acordo com o Ministério Público, as investigações policiais apontam a “autoria delitiva” na direção dos indiciados.

    No entanto, a decisão afirma ser necessária a realização de diligências para a elucidação dos fatos.

    “Contudo, ainda existem diligências e atos investigativos a serem realizados a fim de que os fatos sejam melhor elucidados. A prisão temporária é espécie de medida cautelar que visa assegurar a eficácia das investigações para, posteriormente, possibilitar o fornecimento de justa causa para a instauração de um processo penal. Não se trata de prisão preventiva, obedecendo a hipóteses diversas, sendo uma espécie de prisão cautelar ainda mais restrita”, determina a juíza na decisão.

    Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, onde o imigrante congolês Moïse Kabamgabe foi espancado até a morte depois de cobrar diárias de trabalho não pagas / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    CNN teve acesso a todas as imagens do circuito interno do quiosque e decidiu exibir os trechos que mostram a emboscada a Moïse. As agressões não serão exibidas.

    O jovem nasceu na República Democrática do Congo (antigo Zaire), na África, e deixou o país em 2014, ainda adolescente, para fugir da guerra e da fome.

    Segundo familiares, o jovem trabalhou por dois dias no quiosque Tropicália, foi cobrar seu pagamento e acabou sendo espancado por homens que estavam no local.

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